Um dos pontos mais interessantes é o facto de a planta que o origina ser, nada mais nada menos, do que um cacto. A sua aparência é, aliás, bastante semelhante ao da planta, contando a casca também com alguns espinhos.

Quando maduro, a casca que o reveste pode ter várias nuances de cores, dependendo da variedade, como verde, amarelo, vermelho, branco ou até mesmo roxo. Já a sua polpa tem uma textura que se assemelha a uma goma, possuindo algumas sementes no seu interior.

Rico em magnésio, potássio, Vitaminas A, C, E e B1 e B2, cálcio, zinco, fósforo, cobre e ferro, o figo-da-índia é considerado um alimento funcional devido ao seu baixo índice glicémico e às elevadas propriedades antioxidantes. Foi demonstrado que o seu consumo reduz os triglicéridos séricos, a proteína C-reativa e a intolerância à glicose. Adicionalmente, parece ser capaz de reverter a supressão dos recetores de LDL no fígado, que são geralmente visíveis nos casos de colesterol elevado.

Diversos estudos mostram que além de ser rico em nutrientes, o fruto possui uma propriedade que pouquíssimas frutas têm, sendo muito eficaz no tratamento de doenças das vias respiratórias. Mas esta é apenas uma de entre as muitas vantagens do seu consumo regular.

No que diz respeito à diabetes, alguns estudos indicam que consumir entre 200g e 500g de figos-da-índia pode ajudar a regular o açúcar no sangue em pessoas diabéticas, pois, na sua composição, há substâncias como polissacáridos, fibras solúveis (como a pectina) e outras que ajudam a diminuir os níveis de açúcar no sangue e a regular a ação da insulina.

Ao nível do colesterol, o figo-da-índia pode atuar nos recetores do mau colesterol (LDL), diretamente no fígado, ajudando a reduzir o colesterol no sangue. Também é rico em gorduras polinsaturadas, como o ácido linoleico, oleico e palmítico, que ajudam a diminuir o colesterol LDL e a aumentar o colesterol bom, ou HDL.

Este tipo de cactos contém diversas substâncias, como a niacina, por exemplo que tem efeito protetor e anti-inflamatório sobre as células do cérebro, diminuindo, assim, o risco de desenvolvimento de demências.

O seu consumo melhora o sistema imunológico. Devido à grande quantidade de vitaminas com poder antioxidante, o consumo da fruta pode favorecer a produção de células do sistema imune, tornando-o mais forte e resistente a doenças e infeções.

O sistema digestivo também obtém benefícios. Por ser rica em fibras, a fruta ajuda a melhorar a digestão, facilita o trânsito intestinal e reduz os sintomas de prisão de ventre e diarreia. Além disso, é um alimento com baixas calorias, podendo ser incluído numa dieta para emagrecer, pois aumenta a sensação de saciedade, diminuindo o apetite.