Apesar de apresentar significativas qualidades nutricionais, o marmelo é uma fruta subestimada. É dos únicos frutos comestíveis que não é consumido cru. Isto porque tem uma polpa muito rija e amarga, pelo que, normalmente, é consumido cozido, assado ou em doces como a marmelada ou geleia. Se é apreciador talvez seja boa ideia armazenar uma boa quantidade destes doces pois a época do marmelo é curta, limitando-se aos meses de setembro, outubro e novembro.
Alimentar-se nos dias de hoje é, para muitos, sinónimo de consumir produtos enlatados e processados – distribuídos estrategicamente pelas prateleiras dos supermercados para cativar o consumidor.
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Além do seu sabor singular e versatilidade culinária, o marmelo apresenta imensos benefícios para a saúde. Baixo em calorias e rico em fibras, o marmelo contém várias substâncias importantes do ponto de vista nutricional, como taninos, pectinas, sais minerais, vitaminas A e C, do complexo B e E. É ainda rico em potássio, cálcio, cobre, ferro e ácido málico.
De entre as várias utilizações terapêuticas, esta fruta destaca-se pela riqueza em vitamina C. Embora menos referido do que quando comparado com outras frutas, o marmelo é uma excelente fonte desta vitamina, que desempenha um papel vital na saúde do sistema imunológico, na formação de colagénio e na absorção de ferro. Por ter vitamina C, propriedades antissépticas, antiespasmódicas e calmantes, o marmelo é indicado para tratar dores de garganta, aftas e outras inflamações.
Além da já referida vitamina C, o marmelo contém ainda antioxidantes como a quercetina e epicatequina. Estes compostos ajudam a combater os danos causados pelos radicais livres e têm potencial benefício na prevenção de doenças crónicas.
Rico em fibras solúveis, que desaceleram o processo digestivo, o marmelo potencializa a absorção de nutrientes, ao mesmo tempo que previne a obstipação e facilita o trânsito intestinal. Ajuda ainda no tratamento da diarreia. Também devido à grande quantidade de fibras solúveis, a fruta protege a saúde cardiovascular, uma vez que ajuda no controle do colesterol no sangue e, dessa forma, previne o aumento exacerbado da pressão arterial e a ocorrência de demais problemas no coração.
Minerais como o cálcio, potássio e magnésio desempenham um papel importante na saúde óssea. O cálcio é essencial para a formação e manutenção dos ossos, enquanto o potássio e o magnésio contribuem para a densidade mineral óssea.
Os flavonoides encontrados no marmelo, como a rutina, podem beneficiar a saúde ocular, dado apresentarem propriedades anti-inflamatórias que podem proteger os olhos contra danos causados pelo stress oxidativo.
Para quem pretenda controlar ou perder peso, o marmelo pode ser uma boa opção para incluir na alimentação. Devido ao elevado teor em fibra ajuda a controlar melhor o apetite. Além disso, tem um índice glicémico relativamente baixo, pelo que a sua ingestão não causa picos significativos nos níveis de açúcar no sangue. Este facto faz da fruta uma boa escolha para indivíduos preocupados com o controlo do açúcar no sangue.
Acredite se quiser, mas o marmelo também pode ajudar a manter uma pele jovem e bela. Isto porque, além de ser rica em fibras, a fruta é abundante em antioxidantes naturais, como o tanino, também presente no vinho. Assim, o marmelo combate o stress oxidativo e o envelhecimento precoce. Dessa forma, garante a jovialidade e a beleza da pele, do cabelo e das unhas, entre outros benefícios.
