Vários estudos clínicos têm demonstrado que estes medicamentos reduzem o risco de enfarte agudo do miocárdio, de AVC e a morte por doenças do sistema circulatório em cerca de 25%-35%.

A medicação crónica com estatinas é especialmente importante em pessoas que já sofrem de doença cardiovascular, sendo possível nestes casos reduzir o risco de progressão da doença e de novos eventos em praticamente 50%. No entanto, duas a cinco pessoas em cada 10 referem sentir efeitos secundários durante a medicação continuada.

Os sintomas musculares são os mais comuns, sendo a rabdomiólise o mais grave, ainda que raro – em 100 mil pessoas medicadas com estatinas, apenas 1,5% desenvolvem esta complicação. Dores musculares nos ombros, coxas ou na parte inferior das costas, fraqueza nos braços, urina escura ou dificuldade na micção são alguns dos sintomas e, de acordo com o Dr. Jeremy Shefner, o inchaço nas extremidades do corpo também deve ser encarado como um sinal de alerta.

A condição é diagnosticada quando os níveis de creatina quinase sérica são, pelo menos, cinco vezes superiores ao normal, mas as alterações corporais podem dar sinais. A rabdomiólise afeta habitualmente atletas de alta competição, bombeiros, membros das forças armadas e pessoas mais velhas.

Os pacientes medicados com estatinas referem ainda outras queixas como dores nas articulações, fraqueza, náuseas, alterações intestinais e alterações cutâneas.

Estes sintomas levam, frequentemente, os doentes a interromper a toma, o que acarreta riscos para a sua saúde. A suspensão da medicação com estatinas pode aumentar o risco de enfarte agudo do miocárdio ou de AVC em 2 a 3 vezes, nos dias a semanas que se seguem à sua interrupção.

Assim, se lhe foram prescritas estatinas e se tem efeitos secundários, fale sempre com o seu médico antes de decidir interromper o tratamento.