Saiba que hábitos abandonar para reforçar o sistema imunitário
A Covid-19 continua a manter em Portugal uma incidência muito elevada, assim, mais do que nunca, é fundamental reforçar o sistema imunitário, uma espécie de “exército” do organismo pronto a destruir ameaças exteriores, como bactérias, vírus, parasitas e outros microrganismos, que nos tentam atacar provocando infeções.
MEDICINA E MEDICAMENTOS
AS FRAGILIDADES DO SISTEMA IMUNITÁRIO
O sistema imunitário, é um dos mais complexo sistema do organismo – órgãos linfóides, células e moléculas, comunicam entre si apenas com um objectivo: defender o organismo. LER MAIS
As defesas do organismo dependem da corrente sanguínea e do sistema linfático para fornecer nutrientes para todo o corpo e livrar-se de toxinas que o podem prejudicar. Segundo o infecciologista Kenneth Abriola, do Manchester Memorial Hospital, nos Estados Unidos, a melhor maneira de o manter forte é seguir um estilo de vida saudável.
Com isto em mente, aqui ficam cinco hábitos que podem estar a reduzir a sua imunidade e que deve combater. Beber muito álcool é um deles.
O álcool tem efeitos negativos nas nossas células imunes inatas e adaptativas.
Beber muito basicamente enfraquece o sistema imunológico, torna o corpo mais vulnerável à doenças e aumenta o risco de infeções. Além disso, o consumo crónico e excessivo de álcool ainda danifica o revestimento do trato gastrointestinal, bem como as células T e os neutrófilos. Isso interrompe a função da barreira intestinal e permite a entrada de micróbios para o sangue, resultando em inflamação.
Segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, fumar compromete o equilíbrio do sistema imunitário e, como tal, aumenta o risco de vários distúrbios imunitários e autoimunes, causa inchaço e dor nas articulações.
O tabaco torna o sistema imunitário menos capaz de responder aos agentes infecciosos, como é o caso do novo coronavírus, assim, deixar de fumar pode ser das atitudes mais eficazes para reforçar a imunidade, prevenir a Covid-19 e reduzir a mortalidade.
Dormir mal é outro habito que deve mudar, isto porque o sono tem mesmo um papel muito importante na nossa imunidade e na saúde e bem-estar. Vários cientistas afirmam que dormir frequentemente menos de 6 horas desarma o nosso sistema imunitário. Por exemplo, quando se dorme pouco, as hormonas do stress aumentam, e isto reduz a capacidade de defesa do corpo. O sono e a imunidade têm uma relação bidirecional, o que significa que a ativação do sistema imunitário altera o sono, e o sono, por sua vez, afeta a ação do sistema imunitário.
Um estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, revela que a falta de sono pode até afetar a eficácia das vacinas. Quando pessoas privadas de sono recebem uma vacina, há uma menor resposta de anticorpos e uma maior propensão a contrair o vírus.
Pode parecer estranho mas há estudos que sugerem que passar demasiado tempo sozinho também pode provocar impactos severos no sistema imunitário. Uma investigação realizada em 2015, publicada na revista científica PNAS, revela que as pessoas mais solitárias mostram um aumento nos genes relacionados com a inflamação do organismo, o que diminui a capacidade de combater infeções. Isto explica a razão por que as pessoas solitárias correm maior risco de desenvolver cancro, doenças neurodegenerativas e infeções virais
Manter uma dieta desequilibrada é outro hábito que deve contrariar. Que aquilo que colocamos no prato é importante para a saúde em geral já não é novidade. Uma alimentação desequilibrada origina carências nutricionais que comprometem o sistema imunitário e consequentemente ajudam na progressão das doenças infeciosas.
Os hábitos alimentares constituem um dos principais fatores modificáveis com impacto na resposta imunológica do corpo humano. Quanto melhor for o estado nutricional de um indivíduo, mais eficaz será a sua defesa contra os microrganismos invasores. Assim, aposte numa alimentação saudável!