Os níveis de obesidade são substancialmente menores em países que consomem grandes quantidades de arroz, de acordo com um estudo internacional, que analisou 136 países e que foi apresentado no Congresso Europeu sobre Obesidade de 2019.

No estudo, a associação entre o consumo de arroz e a obesidade persistiu mesmo depois de tidos em conta outros fatores de risco socioeconómicos e de estilo de vida, incluindo consumo total de energia, educação, tabagismo, produto interno bruto (PIB) per capita e gastos com saúde.

Os cientistas acreditam que, mesmo um aumento modesto no consumo de arroz pode reduzir a prevalência mundial da obesidade em um por cento.

Pessoas que ingerem níveis mais elevados de fibra alimentar e grãos integrais têm menor peso corporal e colesterol, e taxas mais baixas de doenças não transmissíveis, em comparação com pessoas com menor consumo.

Para entender melhor a ligação entre os dois, os cientistas examinaram o consumo de arroz e as dietas da população de 136 países; a análise mostrou que o consumo total de energia, taxas de tabagismo, obesidade, percentagem da população acima de 65 anos de idade, PIB, educação e gastos com saúde foram significativamente menores em países que consumiram altos níveis de arroz, como o Bangladesh ou o Camboja.

Mesmo depois de se ajustarem os fatores de risco conhecidos, uma associação inversa foi observada entre as taxas de arroz e obesidade - sugerindo que a maior ingestão de arroz poderia fornecer uma proteção ainda maior.