
RINITE OU SINUSITE? CONHEÇA AS DIFERENÇAS
DOENÇAS E TRATAMENTOS
Tupam Editores
Diariamente, milhares de pessoas em todo o mundo sofrem com os sintomas de rinite e de sinusite, que afetam negativamente a sua qualidade de vida e, muitas vezes, as duas doenças respiratórias são confundidas, inclusive pelos próprios doentes.
Sabe a diferença entre rinite e sinusite?
Muito comum, estima-se que a rinite afete cerca de 22% da população portuguesa. Trata-se de uma condição inflamatória que afeta a mucosa nasal, que é a camada interna do nariz. A doença é caracterizada por uma inflamação na membrana mucosa que reveste as cavidades nasais e pode ser causada por diversos fatores, como alergias, infeções, mudanças de temperatura e irritantes químicos.

O que pouca gente sabe é que, além dos fatores citados, a rinite também pode ser causada por fatores emocionais, principalmente pelo stress.
Os principais sintomas de rinite são a congestão nasal, coriza (secreção nasal), espirros, comichão no nariz, olhos e garganta, além de dor de cabeça e cansaço. Esses sintomas podem ser constantes ou surgir em crises, e a sua intensidade pode variar de pessoa para pessoa.
Existem vários tipos de rinite, sendo a mais comum a rinite alérgica, que é desencadeada por uma resposta exagerada do sistema imunológico a agentes alergénicos, como ácaros, poeira, pólen, pelos de animais e fungos. Quando esses agentes entram em contacto com a mucosa nasal de pessoas sensíveis, podem desencadear uma reação inflamatória, resultando em sintomas de rinite.

A frequência da rinite alérgica depende da substância a que a pessoa é alérgica. Se o alergénio é, por exemplo, o pólen, os sintomas são sazonais e podem durar alguns meses. Por outro lado, há quem sofra de rinite alérgica todo o ano.
Além da rinite alérgica, existe também a rinite de causa não alérgica, que habitualmente se desenvolve durante a vida adulta. Embora partilhem muitas semelhanças nos sintomas – que, neste caso, podem durar todo o ano –, as causas de uma e de outra são diferentes. A rinite não alérgica pode ser causada por irritantes como fumo de tabaco, poluição, mudanças climáticas, perfumes fortes e até mesmo alimentos.
Para confirmar o diagnóstico de rinite, o médico pode solicitar exames complementares, como o teste de alergia cutâneo ou sanguíneo, para identificar a presença de alergias que possam estar a desencadear a doença. Em casos mais complexos ou persistentes pode ainda solicitar exames de imagem, como a tomografia computadorizada dos seios da face, para avaliar a extensão da inflamação nasal e verificar se há presença de sinusite, ou rinossinusite, associada.

Confirmado o diagnóstico, nos casos de rinite ligeira o tratamento passa por lavagem nasal com uma solução salina para aliviar os sintomas.
Quando estas estratégias não são suficientes, o médico pode prescrever outra medicação como anti-histamínicos, corticosteroides nasais e descongestionantes, além de avaliar a possibilidade de realizar imunoterapia específica para alérgenos, também conhecida como vacina antialérgica.
Sabe-se hoje que a rinite alérgica está frequentemente associada à sinusite e que, inclusive, pode ser um fator de risco para o problema. A sinusite é, então, uma inflamação dos seios perinasais, que são cavidades cheias de ar localizadas nos ossos ao redor do nariz e dos olhos. Essa inflamação pode ser causada por uma infeção bacteriana ou viral, uma reação alérgica ou uma irritação por produtos químicos.
Tal como a rinite, a sinusite é uma condição muito comum, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A doença pode ser aguda, quando dura menos de quatro semanas, ou crónica, quando os sintomas persistem por mais de doze semanas. Entre os sintomas mais comuns, o destaque vai para a dor ou pressão facial nas regiões afetadas; congestão nasal; secreção nasal espessa, que pode ser amarela ou verde; diminuição do olfato e dor de cabeça.
O diagnóstico de sinusite começa com uma avaliação médica, em que o especialista realiza um histórico médico e uma avaliação física do paciente. Durante a avaliação física, o especialista pode pressionar os seios perinasais para verificar se há sensibilidade ou dor na região. Podem ainda ser solicitados exames de imagem, como radiografias, tomografias computadorizadas ou ressonância magnética, para avaliar os seios perinasais e confirmar o diagnóstico.
O tratamento da sinusite pode variar dependendo da causa subjacente da infeção. Se esta for causada por uma infeção bacteriana, o médico pode prescrever antibióticos para a tratar. Podem ainda ser receitados outros medicamentos, como analgésicos, descongestionantes e sprays nasais, para ajudar a aliviar a congestão nasal, a dor de cabeça e a inflamação dos seios perinasais.

Nos casos de sinusite crónica ou recorrente, o médico pode recomendar procedimentos cirúrgicos, como a sinusite endoscópica, para melhorar a drenagem dos seios perinasais e reduzir a inflamação.
Compreender as diferenças entre rinite e sinusite é essencial para o tratamento adequado das condições. Consultar um profissional de saúde para um diagnóstico preciso e seguir as orientações de tratamento são passos fundamentais para manter uma boa saúde respiratória. Não deixe de o fazer!


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