
SONO: QUAL A MELHOR POSIÇÃO PARA DORMIR?
BELEZA E BEM-ESTAR
Tupam Editores
Dormir bem é vital para a saúde humana. O sono tem um grande impacto no desempenho neurocomportamental e cognitivo, na memória, no humor, no metabolismo, no apetite, na função imunológica e hormonal e no sistema cardiovascular. No entanto, a nossa sociedade não valoriza o sono como deveria, e os portugueses dormem em média menos de seis horas por noite, o que prejudica a sua saúde e vida social.
Se esse não é o seu caso, se cumpre à risca as recomendações dos especialistas do sono – ir para a cama cedo, não ver televisão até tarde, ter horários rígidos para dormir, não comer muito ao jantar –, se teve a preocupação de escolher um bom colchão, lençóis fofos e macios, uma almofada ergonómica e ainda assim acorda com a sensação de que não descansou nada, ou, pior, com dores, isso poderá ter a ver com a posição adotada para dormir.
É verdade, a posição em que descansamos à noite pode agravar alguns problemas de saúde, como dores nas costas ou no pescoço, refluxo gastroesofágico e até dar origem ao aparecimento de rugas prematuras.

Mas então, qual é a melhor posição para dormir?
Como pode imaginar, há imensas posições para dormir: certos dias, estica mais as pernas, noutros, deita-se do seu lado direito, algumas noites não usa a almofada… Para determinar a posição mais adequada para dormir é necessário considerar diversas variáveis.
A pessoa deve avaliar se tem condições de saúde específicas e testar diferentes posições, observando como cada uma afeta a qualidade do seu sono e se gerou algum tipo de dor ou desconforto ao acordar.
Segundo os especialistas, a melhor posição para dormir é de lado, sobretudo para o lado esquerdo.
Vários estudos mostram que dormir virado para o lado esquerdo oferece benefícios, como: evitar dores nas costas; reduzir a azia; evitar o ressonar; facilitar a digestão; e melhorar a circulação sanguínea.
Dormir de lado é especialmente indicado para as pessoas que têm apneia, refluxo ácido, dores nas costas ou problemas de circulação. Além disso, dormir virado para o lado esquerdo também é benéfico para a drenagem linfática do sistema nervoso central e pode proteger o cérebro de doenças neurodegenerativas.

Tem, contudo, uma desvantagem: pode favorecer o aparecimento de rugas, porque metade do rosto se encontra apoiada e faz pressão sobre o travesseiro.
Se não conseguir mesmo dormir de lado, o melhor é deitar-se de costas. Esta posição pode ser benéfica para pessoas que sofrem com dores no pescoço ou nos ombros e para quem está preocupado com o aparecimento de rugas. Também é uma boa opção quando se está com o nariz entupido.
Por outro lado, dormir de costas pode piorar alguns tipos de dores nas costas, a apneia, o refluxo ácido e a azia. Esta posição não é indicada para mulheres grávidas, nem para idosos.
Se esta posição for a sua preferida, escolha um travesseiro mais baixo, que permita que a cabeça, pescoço, coluna cervical e dorsal mantenham um alinhamento correto, minimizando a incidência de dores no pescoço. Sentir-se-á ainda melhor se usar um pequeno travesseiro ou rolinho em baixo dos joelhos. Isso ajudará a alinhar a bacia. A cabeça levemente elevada nessa posição também contribuirá para reduzir a azia.

A posição menos recomendada pelos especialistas e a que apresenta mais contraindicações é a de barriga para baixo. Isto porque aumenta a probabilidade de torcicolos, dores nas costas e rugas. Além disso, dificulta a respiração, o que pode prejudicar a qualidade do sono. Também não é indicada para as mulheres grávidas.
No entanto, se não conseguir dormir de outra forma, algumas estratégias ajudam a diminuir os impactos desta posição. Opte por um colchão firme e uma almofada fina e baixa (ou durma sem almofada) e para completar, pode colocar uma almofada fina embaixo do quadril, para alinhar a coluna.
Além da posição em que se dorme, o travesseiro e o colchão também desempenham um papel importante na qualidade do sono. A altura e a firmeza do travesseiro devem conseguir manter a cabeça da pessoa numa posição neutra, alinhada com a coluna. Por exemplo, um travesseiro muito alto ou muito baixo pode forçar o pescoço a dobrar de maneira não natural, desencadeando incómodos e outras condições a longo prazo.
O colchão deve ser o mais indicado para cada pessoa. Deve adequar-se à curvatura natural do corpo, assim como à maneira de dormir de cada um. Por isso, o biótipo, o peso e outros fatores comportamentais – dormir sozinho ou acompanhado, mexer-se muito, levantar-se frequentemente – são importantes na altura de escolher o melhor colchão.

Ele deve ser firme o suficiente para dar sustentação ao corpo de forma equilibrada e não se deformar com o peso.
Cada pessoa está habituada a dormir de um determinado modo e não é problemático tentar fazê-lo noutras posições, desde que esta se sinta confortável. Aliás, variar as posições durante a noite até é um bom procedimento para acordar mais descansado e sem dor na coluna ou no pescoço. Sempre que a pessoa se sinta desconfortável deve mudar de posição.


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