A perda de cabelo é uma preocupação comum que afeta muitas pessoas em diferentes fases da vida. Com o avanço da tecnologia médica, o transplante capilar emergiu como uma solução eficaz, contudo, apesar de ser uma das cirurgias estéticas mais realizadas atualmente, encontra-se frequentemente envolvida num manto de dúvidas e de informações contraditórias, que convém esclarecer.

Antes de mais, um transplante capilar é uma cirurgia minimamente invasiva que visa a implantação de folículos pilosos (estruturas localizadas na pele e de onde nascem os cabelos ou pelos) nas áreas onde não existe cabelo ou onde existe uma menor densidade (vertex do couro cabeludo). Estes folículos são retirados das áreas onde existe cabelo, habitualmente da região da nuca e das partes laterais do couro cabeludo.

Um transplante capilar é, na verdade, uma cirurgia que permite transplantar o cabelo de uma área sem predisposição para calvície ou alopecia androgenética, para uma região afetada pela falta de cabelo.

Quem pretende realizar um transplante capilar não pode deixar-se contaminar por mitos, mas deve ter em consideração alguns conhecimentos antes de avançar para a cirurgia.

É importante saber, por exemplo, que o transplante capilar não se destina a qualquer pessoa. Antes de se realizar um transplante, é preciso que um médico especialista em doenças do cabelo faça uma avaliação do caso. Depois, o diagnóstico definitivo pode ser feito excluindo patologias específicas que possuem contraindicação para o procedimento.

Há patologias que comprometem os resultados esperados, logo, apenas se recomenda o transplante capilar a pessoas que apresentem condições que permitam resultados duradouros.

Ela pode influenciar a qualidade da zona doadora. Quando há um envelhecimento precoce do cabelo, ele afeta a qualidade do cabelo, originando o afinamento dos fios e reduzindo a densidade capilar.

São imensos os mitos que fazem com que muitas pessoas adiem uma intervenção que pode fazer maravilhas pela sua estética e autoestima.

Um deles, e que afeta particularmente as mulheres, é que o transplante capilar é uma solução apenas para homens. Mas as mulheres também podem beneficiar significativamente deste procedimento, que é igualmente eficaz em ambos os sexos.

Dizer que os transplantes são só para jovens também é um mito comum.

---

Nunca se é velho demais para fazer um transplante capilar. A idade avançada não é uma barreira, quando as áreas doadoras na parte de trás e nas laterais da cabeça se encontram em condições favoráveis para realizar o transplante de cabelo.

Ainda relacionado com a idade, diz-se que as pessoas com cabelos brancos não podem realizar o procedimento. O que acontece é que as pessoas com cabelos brancos possuem fios com baixa produção de melanina. Sendo assim, elas podem realizar o transplante capilar desde que os folículos sejam suficientes para restaurar a área calva. A questão é que os cabelos transplantados manterão as suas características, ou seja, os folículos brancos nascerão brancos e os fios escuros nascerão escuros.

Esta é uma prova de que os fios transplantados não são artificiais, como muitas vezes se afirma. No transplante capilar são utilizados fios naturais do próprio couro cabeludo do paciente, ou de outras regiões do seu corpo, para reparar a área calva.

Apesar de se terem realizado diversos estudos sobre a possibilidade de se utilizar cabelo de terceiros, atualmente não é possível utilizar folículos de outras pessoas para o transplante capilar.

Se evita o transplante capilar porque ouviu dizer que o processo é extremamente doloroso, saiba que também não é verdade. As técnicas contemporâneas estão a revolucionar este procedimento que recorre atualmente a mais tecnologia para promover o conforto durante o transplante. Atualmente, o desconforto é mínimo e nem há suturas. Para a cirurgia é usada anestesia local e uma leve sedação para que o paciente esteja mais confortável, já que se trata de um procedimento demorado.

Outro medo comum é que o cabelo transplantado não seja permanente e acabe por cair. É importante entender que o cabelo transplantado é retirado de áreas do couro cabeludo que são geneticamente resistentes à queda de cabelo, como a parte de trás da cabeça.

Estes folículos capilares transplantados continuam a crescer na nova área como fariam na área de origem. Embora possa haver uma fase inicial de queda do cabelo transplantado, conhecida como “choque”, o cabelo crescerá novamente e de forma permanente após alguns meses.

Muitas pessoas também acreditam que um único transplante capilar não é suficiente, sendo sempre necessários múltiplos procedimentos. Na realidade, isso depende das condições individuais de cada paciente. Em muitos casos, um único transplante bem realizado pode ser suficiente para alcançar os resultados desejados. No entanto, em situações de perda de cabelo progressiva ou em casos onde uma cobertura mais extensa é necessária, pode ser considerado um segundo transplante.

O transplante capilar tem evoluído significativamente ao longo dos anos, e muitos dos medos e mitos que lhe estão associados são infundados, contudo, para haver sucesso no procedimento é fundamental consultar um médico experiente e especializado em medicina capilar. A experiência na realização de cirurgias estéticas é essencial para que o transplante capilar fique perfeito, assim, seja criterioso com o local onde vai realizar o seu.