O arroz é uma gramínea cultivada desde há milénios na Ásia. A orizicultura, que começou por se desenvolver sobretudo em regiões tropicais e subtropicais, é hoje em dia praticada em todo o mundo.

A agricultura portuguesa começou a manifestar interesse na produção de arroz no século XIX e embora já nessa altura se pudesse falar num cultivo sistemático, apenas no início do século XX se estabeleceram as bases para a produção de arroz no país. Nos anos 30, os arrozais cresceram significativamente e as zonas de cultivo foram além da bacia dos rios, estendendo-se a várias regiões do país.

Atualmente, é cultivado na bacia do Mondego (Figueira da Foz, Coimbra), nas bacias da Beira Baixa, na bacia do Sado (Alcácer do Sal), nas bacias dos afluentes do Tejo, represas a Sul e noutras regiões, em menor escala. Uma grande percentagem do arroz produzido em Portugal corresponde a variedades de grão arredondado, que é o Carolino e as suas principais variedades são Ariete e Euro, mas também se produz arroz Agulha, de grão caracteristicamente alongado.

São inúmeras as variedades de arroz. Este alimento nobre não possui gordura ou sal, mas é rico em hidratos de carbono, que fornecem a energia indispensável a uma alimentação equilibrada e saudável, sendo a base da alimentação de mais de metade da população mundial. Contudo, quando se fala de valor nutritivo há que distinguir o arroz branco do integral – muito mais rico e saudável.

O arroz sofre determinados processos específicos para ter uma aparência mais atrativa aos olhos do consumidor, atingir um maior período de conservação e cozinhar mais rapidamente. Para que se torne branco é-lhe retirada a casca e a película e são utilizadas substâncias, como o talco ou a parafina, para o branquear, técnicas que eliminam uma boa parte das suas substâncias nutritivas.

Por seu lado, o arroz integral não passa por qualquer processo industrial, devendo todo o seu valor aos nutrientes que se encontram na casca: fibras, proteínas, vitaminas (A, D, C, E e do complexo B), minerais (cálcio, fósforo, ferro e magnésio) e óleos essenciais.

Estes nutrientes são importantes numa alimentação equilibrada, e ajudam a prevenir o aparecimento de doenças cardiovasculares e a diminuir o nível de colesterol no sangue, para além de possuir um índice glicémico mais baixo. No que respeita ao elevado teor de fibras, estas favorecem a digestão, ajudando a promover o bom funcionamento intestinal, além de contribuir para a redução de gordura abdominal.

Não há como negar que o arroz integral tem benefícios inequívocos para a saúde. Para as pessoas que se preocupam com a sua alimentação e procuram sempre as opções mais saudáveis, o arroz integral é a escolha certa. Faça escolhas conscientes!