Exercício semanal influencia risco de desenvolver divertículos
Quando surgem, os divertículos já não desaparecem. A boa notícia é que se pode reduzir a probabilidade de formação e retardar o seu progresso. O exercício é uma das ferramentas para o efeito, mas há mais.
EXERCÍCIO FÍSICO
VIVA O DESPORTO
A actividade física adequada e o desporto constituem um dos pilares para um estilo de vida saudável, juntamente com uma alimentação equilibrada e não existência de hábitos nocivos. LER MAIS
A formação de divertículos no cólon é uma das condições mais comuns relacionadas com o sistema digestivo. A doença afeta entre 5 e 10% da população em geral, atinge, igualmente, os homens e as mulheres e a sua prevalência aumenta com a idade, sendo muito mais comum após os 50 anos.
Os divertículos são um tipo de pequenas bolsas que se formam na parede interna do intestino e crescem para fora (exatamente o oposto do que acontece com os pólipos). O seu aparecimento é denominado diverticulose ou doença diverticular do cólon.
Essas protuberâncias estão geralmente localizadas no cólon descendente, especialmente numa área denominada sigma. Quanto à sua origem, até ao momento não foi possível determinar exatamente o que provoca o seu aparecimento, porém, acredita-se que uma dieta pobre em fibras e pouca atividade física predisponham para a sua formação.
A avaliação da presença da patologia na sociedade realça o facto de a maioria dos casos não serem diagnosticados, por serem assintomáticos – o que dificulta o seu tratamento e, consequentemente, tende a piorar e aumentar o desconforto de quem sofre da doença.
Nos casos que apresentam sintomas, os mais comuns são a dor abdominal, febre, mudança no ritmo intestinal e náuseas.
De entre as estratégias para reduzir a probabilidade de desenvolver a patologia, destaca-se a prática de exercícios físicos. Segundo o Dr. Mauricio González, especialista em Medicina Interna, fazer mais de duas horas de exercícios moderados a intensos por semana reduz o risco entre 24% a 35%.
Além da atividade física, o especialista revela que reduzir o consumo de carne vermelha também é crucial para minimizar o risco de desenvolver diverticulite. A alta ingestão de carne vermelha não processada (35 g ou mais) eleva o risco, pelo que deverá ser substituída por aves ou peixes.
Fumar também aumenta o risco de diverticulite. O melhor dia para deixar de fumar foi ontem, mas hoje também é um bom dia.
Uma dieta fortemente focada em alimentos como lentilhas, laranjas, vegetais de folhas verdes, peixes, nozes, etc., é um grande passo. É um mito que comer sementes pode favorecer o aparecimento da doença. Se a tudo isto se juntar um peso estável e a prática de exercícios vigorosos, melhor ainda!
O especialista realça, contudo, que apesar de integrar estes hábitos no quotidiano trazer vantagens, não garante que se esteja protegido da doença para sempre, no entanto, melhora as possibilidades.