A resposta a esta pergunta é “Não”. Um café descafeinado também tem cafeína, no entanto, em menores quantidades que um café normal. Por norma, um descafeinado apresenta cerca de 2 a 4 miligramas de cafeína por cada chávena de café, enquanto um café expresso tem cerca de 85 a 115 miligramas de cafeína.

Na produção de um café descafeinado, o grão de café (verde e não torrado) deve ser submetido a um processo específico de descafeinação para que a respetiva cafeína seja removida. Na Europa, o rótulo de grão de café descafeinado só é atribuído aos grãos de café que têm 99,9% da cafeína removida.

Para retirar esses 99,9% de cafeína são utilizados água, solventes orgânicos (como acetato de etila) e/ou dióxido de carbono (gás carbónico). Os grãos de café são misturados a essas substâncias e, quando a cafeína é retirada, os solventes são removidos.

Remover a cafeína e manter intactos o aroma e o sabor do grão de café não são tarefas simples, havendo mesmo quem afirme que o descafeinado tem gosto diferente. Na verdade, dependendo de como os grãos são descafeinados, alguns elementos aromáticos podem ser extraídos juntamente com a cafeína durante o processo e, além disso, a cafeína também contribui para o amargor do café, portanto, quando esta é removida, parte do amargor também desaparece.

Outra questão pertinente quando se fala de café normal e de descafeinado diz respeito aos benefícios para a saúde. Os benefícios do café descafeinado são semelhantes aos do café com cafeína – ambos são capazes de prevenir inúmeras doenças, diminuem o risco de desenvolver a doença de Parkinson, doença de Alzheimer, diabetes tipo 2, alguns tipos de cancro e mortalidade geral. Mais recentemente, o café tem sido associado a uma melhor manutenção do peso ao longo do tempo.

Importa referir que a quantidade consumida tanto pelo descafeinado quanto pelo café comum deve ser moderada, tendo em vista que qualquer consumo em exagero pode ser prejudicial para a saúde.