Tabaco não é a única causa do cancro do pulmão
Segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, o cancro do pulmão é dos tipos de cancro mais frequentes. O tabaco continua a principal causa que leva à doença, mas não é a única.
Alejandra Ellison-Barnes, professora de medicina na universidade de Johns Hopkins, alerta que embora a maioria das mortes por cancro do pulmão sejam causadas pelo tabagismo, nem todos os fumadores desenvolvem cancro, o que provavelmente significa que a genética e a exposição a outros fatores de risco também desempenham um papel.
Cerca de 10 a 20% das pessoas que fumam cigarros desenvolverão cancro do pulmão ao longo das suas vidas, e aqueles que fumam mais correm maior risco do que os que fumam menos. No entanto, não é preciso fumar para correr risco de desenvolver cancro do pulmão.
A exposição ao fumo passivo, poluição do ar, amianto, exposição ao diesel e radónio – um gás radioativo sem cheiro ou cor que normalmente é encontrado em rochas, solo e queima de carvão e combustíveis fósseis –, também podem levar ao cancro.
E nem todos os fatores estão identificados. As pessoas também podem desenvolver cancro do pulmão a partir de eventos aleatórios que não têm uma causa externa, assim como devido a fatores que ainda se desconhecem.
Tosse contínua, tosse com sangue, infeções recorrentes, dor no peito e perda de peso inexplicável são alguns dos primeiros sintomas a que se deve estar atento. As pessoas que experimentem algum deles devem consultar um médico imediatamente a fim de, se se confirmar o cancro, o tratamento ter início o mais rápido possível.
Ellison-Barnes relembra que os benefícios de deixar de fumar na saúde começam em minutos, logo, nunca é tarde para parar.