GASTROENTEROLOGIA

Soluços: conheça as causas e os truques para os parar

Hic… hic… já todos tivemos soluços em algum momento das nossas vidas. Muito comum e habitualmente inofensivo, o soluço é uma ação involuntária que começa com um espasmo do diafragma – o tecido muscular que separa a cavidade onde estão os pulmões da cavidade abdominal e que permite respirarmos sem pensar. Por algum motivo, dá-se uma contração convulsiva e involuntária deste músculo que obriga a uma entrada rápida de ar nos pulmões.

Soluços: conheça as causas e os truques para os parar

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Mas esta inspiração, normalmente feita pela boca, é imediatamente travada pelo fechamento rápido da glote, uma espécie de "porta" situada no início da laringe, a parte inicial das vias respiratórias propriamente ditas, junto às cordas vocais, que se pode fechar. É quando a glote se fecha que se produz o som normalmente associado aos soluços: o famoso "hic".

A frequência dos soluços pode variar entre as 4 e as 60 vezes por minuto e, apesar de costumarem passar ao fim de poucos minutos, podem continuar durante dias ou semanas. Quanto à causa, muitas vezes é desconhecida, podendo não haver um motivo aparente.

Há, no entanto, vários fatores que podem provocar uma crise de soluços, como: comer muito rápido, ingerir alimentos muito quentes ou picantes, ingerir bebidas muito quentes ou muito frias, comer uma refeição "pesada", ingestão excessiva de álcool, beber refrigerantes com gás, fumar, gravidez, maus odores, stress.

Causas mais raras de soluços podem estar relacionadas com a toma de determinados medicamentos, especialmente ansiolíticos, como as benzodiazepinas; quimioterapia; procedimentos médicos sob anestesia e inalação de fumos tóxicos.

Apesar de ser uma situação benigna, a aflição de se estar sempre a soluçar faz com que as pessoas procurem soluções. Os conselhos caseiros para isso são formas de tentar interromper o ritmo dos espasmos do diafragma.

Entre as estratégias comuns e inofensivas para terminar um episódio de soluços, que podem ou não resultar, o destaque vai para: suster a respiração o máximo de tempo possível; respirar fundo; comer um pedaço de gengibre fresco, pão ou açúcar; sugar sumo de um limão; ingerir uma bebida com água quente e mel; gargarejar com água; sentar-se e inclinar-se para a frente, sobre os joelhos; pedir a alguém que nos pregue um susto.

Se um episódio de soluços durar apenas alguns minutos e for esporádico, não é motivo para alarme. Mas se os soluços se repetirem com frequência ou durarem vários dias, a pessoa deve ser observada em consulta médica. O tipo de tratamento a adotar irá depender da causa.

Fonte: Tupam Editores

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