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Pessoas sem olfato apresentam padrões respiratórios anormais

O nariz dos mamíferos serve dois propósitos: olfato e respiração. Uma equipa de neurocientistas do Azrieli National Institute for Human Brain Imaging and Research, em Israel, descobriu que pessoas que perderam a capacidade de sentir o cheiro têm padrões de respiração ligeiramente diferentes daqueles com um olfato normal.

Pessoas sem olfato apresentam padrões respiratórios anormais

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Durante o estudo, publicado no jornal Nature Communications, o grupo realizou experiências de respiração com voluntários em ambiente de laboratório.

À incapacidade de sentir o cheiro dá-se o nome de anosmia. Descobriu-se que a condição é um sintoma comum de pessoas com Covid-19. Estudada há centenas de anos, a anosmia tem uma variedade de causas, desde depressão até consumo de drogas, e tem um impacto negativo na qualidade de vida. No estudo, os especialistas descobriram mais uma característica da condição.

Durante o estudo foram abordados relatos anedóticos de pessoas que não conseguiam sentir o cheiro e começaram a “respirar de forma estranha” após contrair Covid-19. Para descobrir se tais relatos eram verdadeiros e quantificar as diferenças, a equipa de investigação recrutou 52 voluntários, 21 dos quais sofriam de anosmia.

Todos os voluntários receberam um dispositivo para monitorizar a respiração, que usaram durante 24 horas. Descobriu-se, então, que os voluntários com anosmia tinham padrões respiratórios ligeiramente diferentes do normal.
Pessoas sem a condição têm pequenos picos de inalação, que investigações anteriores relataram coincidir com uma suspeita de mudança no olfato. Mas as pessoas sem a capacidade de sentir os cheiros não tinham tais picos.

Foi possível constatar ainda que se podiam identificar com 83% de precisão os membros do grupo que tinham anosmia simplesmente ao avaliar os padrões respiratórios. Segundo a equipa de especialistas são necessários outros estudos para determinar se as mudanças nos padrões respiratórios têm impactos posteriores, como, por exemplo, um aumento no risco de desenvolver depressão.

Fonte: Tupam Editores

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