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Medicamento para pressão arterial pode elevar risco de hemorragia

A fibrilação atrial é o tipo mais comum de arritmia cardíaca e, se não for tratada, pode causar coágulos sanguíneos ou acidente vascular cerebral. De acordo com um estudo recentemente publicado no JAMA, pessoas com um ritmo cardíaco irregular que tomam um medicamento comum para pressão arterial podem correr maior risco de hemorragia grave.

Medicamento para pressão arterial pode elevar risco de hemorragia

DOENÇAS E TRATAMENTOS

ARRITMIA CARDÍACA


Para evitar complicações adicionais da fibrilação atrial, as pessoas com a doença geralmente tomam medicamentos anticoagulantes e para controlar a frequência cardíaca. Segundo Eli Zimmerman, co-autor do estudo, as diferenças genéticas podem afetar a forma como diferentes pessoas metabolizam os medicamentos. Isto é particularmente relevante quando vários medicamentos usados para a mesma condição, como a fibrilação atrial, são afetados por essas diferenças no metabolismo.

A equipa de investigadores analisou essas diferenças e como estas podem causar efeitos negativos. Durante o estudo, os especialistas reviram os registos de saúde de beneficiários do Medicare dos EUA com 65 anos ou mais com fibrilação atrial que começaram a tomar os medicamentos anticoagulantes apixabano ou rivaroxabano além dos medicamentos diltiazem ou metoprolol, que reduzem a frequência cardíaca, entre 2012 e 2020. Os pacientes foram acompanhados durante 365 dias até 30 de novembro de 2020.

O estudo incluiu 2.04.155 beneficiários, dos quais 53.275 tomaram diltiazem e 150.880 tomaram metoprolol. Os resultados permitiram verificar que os pacientes que tomaram diltiazem tinham 20% mais probabilidade de sofrer hospitalização e morte relacionadas a hemorragias. Os riscos eram maiores com doses mais altas dos medicamentos. Não houve diferenças significativas nas taxas de AVC, embolia sistémica ou hemorragia.

Para Zimmerman, as descobertas são significativas pois mostram que, embora existam alguns benefícios no uso do diltiazem em vez do metoprolol, e vice-versa, as diferenças no metabolismo podem originar alguns riscos aumentados de hemorragia nos pacientes que tomam o diltiazem.

O objetivo da equipa é continuar a investigar o que causa as diferentes reações aos mesmos medicamentos e tentar identificar maneiras de monitorizar potencialmente os níveis dos medicamentos.

Fonte: Tupam Editores

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