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Tai Chi reduz insónias em sobreviventes de cancro da mama

Uma investigação liderada pela UCLA Health apurou que tanto o tai chi quanto a terapia cognitivo-comportamental podem reduzir as insónias em sobreviventes do cancro da mama, para além de reduzirem a inflamação e reforçarem as defesas antivirais.

Tai Chi reduz insónias em sobreviventes de cancro da mama

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A insónia crónica é um dos sintomas mais relevantes experimentados pelos sobreviventes do cancro e origina problemas de saúde significativos, incluindo o risco de doença inflamatória que pode aumentar a probabilidade de recorrência do cancro.

Cerca de 30% dos sobreviventes de cancro da mama sofrem de insónias. Embora estudos anteriores tenham demonstrado que a terapia cognitivo-comportamental e as intervenções mente-corpo, como o tai chi, são eficazes no tratamento das insónias entre sobreviventes do cancro da mama, pouco se sabe sobre a sua eficácia na reversão da inflamação causada pela insónia.

No novo estudo, publicado recentemente na revista Brain, Behavior, and Immunity, a equipa comparou as duas terapias entre 90 sobreviventes de cancro da mama com idades compreendidas entre os 42 e os 83 anos, utilizando amostras de sangue recolhidas ao longo de 15 meses para analisar alterações nos biomarcadores de inflamação.

As amostras de sangue foram recolhidas de 2008 a 2012 na área de Los Angeles antes do tratamento e em intervalos de 2, 3, 6 e 15 meses. Os especialistas dividiram os participantes igualmente para se submeterem a sessões semanais de tai chi ou de terapia cognitivo-comportamental com uma duração de 120 minutos por um período de três meses.

Os resultados permitiram apurar que o tai chi levou a uma redução mais significativa e sustentada da inflamação entre os participantes, em comparação com a terapia cognitivo-comportamental. Já os participantes da terapia cognitivo-comportamental tiveram maiores transcrições de genes antivirais, o que potencialmente melhora as defesas do organismo contra infeções.

A investigação em curso está a examinar as trajetórias de ativação inflamatória e envelhecimento acelerado em sobreviventes de cancro da mama, em comparação com mulheres sem controlo do cancro, o que identificará alvos comportamentais e biológicos para a prevenção da depressão, assim como de outras morbilidades em sobreviventes de cancro.

Segundo o Dr. Michael Irwin, autor principal do estudo, são necessárias mais investigações que analisem o benefício combinado do tai chi e da terapia cognitivo-comportamental, especialmente em sobreviventes de cancro que correm risco de desenvolver distúrbios inflamatórios e doenças infecciosas.

Fonte: Tupam Editores

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