EXERCÍCIO

Baixa flexibilidade pode aumentar risco de morte prematura

São muitos os estudos que mostram a importância da atividade física na saúde em geral, incluindo para viver mais tempo. Com isto em mente, uma equipa de investigadores da Clínica de Medicina do Exercício (Clinimex) no Rio de Janeiro, Brasil, pretendia descobrir se outros aspetos da saúde, como a flexibilidade, teriam um efeito semelhante na longevidade.

Baixa flexibilidade pode aumentar risco de morte prematura

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Na investigação, publicada no Scandinavian Journal of Medicine & Science in SportsTrusted Source, os especialistas avaliaram dados recolhidos durante 28 anos de 3.139 homens e mulheres com idades compreendidas entre os 46 e os 65 anos. Todos os participantes passaram por avaliações de flexibilidade. Após um acompanhamento de 12,9 anos, 302 pessoas haviam morrido.

A flexibilidade, definida como a amplitude máxima de movimento de uma articulação, foi avaliada através do Flexitest, um método que mede 20 movimentos de sete articulações diferentes – tornozelo, joelho, quadril, tronco, punho, cotovelo e ombro.

Após uma série de ajustes estatísticos, a equipa concluiu que a flexibilidade está “inversamente associada” à mortalidade. Ou seja, os participantes com uma baixa flexibilidade corporal, de acordo com o teste realizado em consultório, tendem a morrer mais cedo em comparação com aqueles que apresentam uma boa amplitude de movimentos.

Segundo os dados compilados no estudo, homens e mulheres com baixos índices de flexibilidade tinham 1,87 e 4,78 vezes mais risco de morrer, respetivamente, quando comparados aos participantes que haviam obtido bons resultados nessa avaliação.

Cláudio Gil Araújo, autor principal do estudo, revela que a flexibilidade é uma capacidade que se deteriora com o tempo, começando a diminuir logo após a infância. A perda dessa habilidade pode ter consequências graves para a saúde a longo prazo, pelo que destaca a importância de as pessoas de meia idade, principalmente, incluirem exercícios de alongamento e mobilidade nas rotinas de atividade física.

Importa relembrar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere ao menos 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada por semana, complementados por sessões de treinamento de força pelo menos duas vezes na semana. Destaca, ainda, a importância de evitar períodos prolongados de sedentarismo, recomendando que as pessoas interrompam o tempo sentado a cada hora, movimentando-se por alguns minutos para reduzir os riscos associados a um estilo de vida inativo.

Fonte: Tupam Editores

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