Se tem dúvidas, saiba que a medicina preventiva é um dos ramos da Medicina Geral e Familiar. Ao contrário da medicina curativa, cujo objetivo é tratar a doença, a medicina preventiva tem como fim promover a saúde, agindo para evitar doenças ou para as detetar numa fase precoce.

A medicina preventiva age em três dimensões concretas: a primeira passa pelo plano de vacinação. Convém recordar que o aumento da esperança média de vida na Europa e em Portugal tem, em parte, origem nas vacinas e nos antibióticos.

A segunda dimensão são os rastreios específicos que se fazem a certas doenças e o despiste a determinados cancros, a partir de uma certa idade. Esta é uma forma de se evitarem doenças complicadas, potencialmente fatais, através da sua identificação precoce.

A terceira dimensão diz respeito ao estilo de vida das pessoas. São comportamentos adotados durante toda a vida, uns mais adequados a uma fase, outros mais adequados a outra, que previnem genericamente vários tipos de doenças, concretamente algumas que podem ser muito graves como, por exemplo, as doenças cardiovasculares, cerebrovasculares, renais ou respiratórias, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC).

Este terceiro campo é o mais complexo, pois abarca as atitudes que as pessoas têm ao longo da vida, tocando nas áreas da alimentação, do desporto e de comportamentos pensados para a saúde – não fumar, não beber álcool em excesso, reduzir a ingestão de sal e de açúcar e ter cuidado com o bem-estar psicológico.
Não esquecendo a influência que a hereditariedade pode ter, os comportamentos que a pessoa tem ao longo da vida são dos aspetos mais importantes para a promoção da saúde e consequente prevenção de doença.

Atualmente, a especialidade que melhor pode promover este tipo de abordagem é a Medicina Geral e Familiar, no entanto, a existência de consultas específicas de medicina preventiva seriam de imenso valor.

Nestas consultas a atenção seria dirigida, mais concretamente, ao despiste/deteção precoce de certas doenças, de onde se destacam, naturalmente as cancerosas, cardio/cerebrovasculares, renais, algumas doenças respiratórias, como o DPOC, e muitas outras.
Este tipo de consultas iria promover a educação para a saúde, na medida em que poderia incluir a abordagem de noções sobre alimentação, desporto, exercício físico e bem-estar psicológico. Poderiam, também, ser integradas a vigilância dentária e a vigilância oftalmológica. Há muita coisa a fazer ao nível da medicina preventiva.

Fica um conselho: Cuide da sua saúde, especialmente quando se sente bem. Aposte numa atitude preventiva.