A dieta do Portfólio foi desenvolvida para reduzir o colesterol LDL, ou mau colesterol, um importante fator de risco para doenças cardiovasculares. Esta inclui um “porfólio” selecionado de proteínas vegetais, como soja e outras leguminosas; alimentos com fibras viscosas como aveia, cevada, frutas vermelhas, maçãs e frutas cítricas; nozes e sementes; fitoesterois que reduzem a absorção de colesterol através de alimentos ou suplementos fortificados; e abacate e óleos vegetais saudáveis ricos em gordura monoinsaturada.

Investigações anteriores haviam revelado que esta dieta pode reduzir o colesterol LDL tanto quanto uma estatina de primeira geração, no entanto, desconhecia-se como manter a dieta durante um período prolongado de tempo poderia afetar o risco de doenças cardiovasculares.

Para o descobrir, a equipa analisou os dados sobre as dietas de 166.270 mulheres e 43.970 homens que se inscreveram em estudos de saúde de longo prazo em meados da década de 1980 e início da década de 1990. Os participantes – nenhum dos quais tinha doença cardíaca no início dos estudos – preencheram questionários sobre as suas dietas a cada quatro anos, sendo os vários resultados de saúde registados.

Os especialistas deram uma pontuação à dieta de cada participante com base na sua conformidade com a dieta do portfólio e, em seguida, compararam as pontuações com os resultados de saúde após 30 anos de acompanhamento.
Descobriram, então, que aqueles com pontuações mais altas, indicando maior adesão à dieta do portfólio, tinham um risco 14% menor de doenças cardíacas e AVC em comparação com os participantes com pontuações mais baixas.

A dieta do portfólio pode não ser tão conhecida como as dietas DASH e Mediterrânica, mas existem semelhanças entre elas – todas dão ênfase à ingestão de grãos integrais, frutas, vegetais, proteínas vegetais, nozes e óleos vegetais.

Segundo Andrea Glenn, uma das investigadoras envolvidas, as novas descobertas sobre a dieta do portfólio poderão ajudar a alterar a baixa consciência pública sobre esta dieta. O estudo foi publicado na revista Circulation.

Não é que tenha de se seguir totalmente esta dieta. Cada pessoa pode elaborar a sua própria dieta e fazer algumas pequenas mudanças para constatar os benefícios cardiovasculares. Também não tem de se seguir estritamente, como uma dieta vegetariana ou vegana, para ver os benefícios, mas quanto mais alimentos (da dieta do porfólio) se ingerirem, maior será a proteção contra as doenças cardíacas.