AÇÚCAR

Adoçantes artificiais aumentam os níveis de açúcar no sangue

Não é novidade para ninguém que as bebidas gaseificadas, como colas, limonadas e bebidas energéticas, aumentam o risco de obesidade, doenças cardíacas e diabetes. Pessoas que tomam uma ou mais latas por dia têm um risco 26% maior de desenvolver diabetes tipo 2 (DT2).

Adoçantes artificiais aumentam os níveis de açúcar no sangue

DIETA E NUTRIÇÃO

AÇÚCAR


As bebidas açucaradas aumentam rapidamente os níveis de açúcar no sangue e isso pode causar cansaço e aumento da fome, mesmo em pessoas sem diabetes. Até agora, os seus equivalentes dietéticos sem açúcar têm sido considerados uma alternativa mais saudável, achando-se que não representam risco para os diabéticos ou para qualquer pessoa que esteja a tentar perder peso.

Mas, de acordo com o Dr. Avinash Hari Narayanan (MBChB), líder clínico do London Medical Laboratory, existem agora fortes evidências de que muitos tipos de adoçantes artificiais utilizados em bebidas dietéticas (e em alguns alimentos) afetam os níveis de açúcar no sangue, pioram a resistência à insulina e alteram a flora intestinal.

A análise mais recente do London Medical Laboratory revela que um milhão de pessoas no Reino Unido têm probabilidade de ter DT2 não diagnosticada. Este assassino invisível encurta vidas em até 10 anos. Em 2019, ocorreram quase 14.000 mortes relacionadas à diabetes no Reino Unido, assim, quanto mais cedo houver um diagnóstico, melhor será o resultado.

Cada vez mais, os diabéticos e as pessoas preocupadas com a saúde têm recorrido a versões sem açúcar das suas bebidas favoritas. No entanto, a análise das investigações mais recentes revela que a sacarina e a sucralose são suscetíveis de aumentar os níveis de açúcar no sangue ou de glicose e afetar negativamente o microbioma intestinal.

Uma equipa de investigadores da Universidade John Hopkins testou grupos aleatórios de pessoas saudáveis e não diabéticas e descobriram que os participantes que haviam tomado sacarina e sucralose tiveram picos percetíveis nos níveis de açúcar no sangue.

Os especialistas descobriram que esses adoçantes influenciavam as alterações nas bactérias do intestino e da boca. Também se identificaram alterações nas amostras de sangue. Na verdade, as alterações nos metabólitos do sangue nas pessoas que consumiam sacarina e sucralose eram tão marcantes que eram semelhantes às de pessoas com diabetes ou doenças vasculares.

Isto levou a concluir que alguns adoçantes não nutritivos normalmente consumidos podem não ser fisiologicamente inertes nos humanos, como anteriormente se pensava. As alterações do microbioma intestinal podem causar picos de glicose no sangue, prejudicando a capacidade do corpo de regular eficazmente os níveis de glicose.

Mas não são apenas os adoçantes à base de sacarina e sucralose que estão sob investigação. Dois ensaios recentes relatados na Nutrition Reviews mostraram que o consumo de outro adoçante popular, o aspartame, pode afetar as concentrações de glicose, insulina e uma hormona que reduz o apetite no organismo e liberta insulina, denominada peptídeo-1 semelhante ao glucagon.

Estas descobertas alarmantes sobre os adoçantes artificiais enfatizam a necessidade dos diabéticos da Grã-Bretanha realizarem exames de sangue regulares e precisos. Embora os testes tradicionais de picada no dedo, usando medidores e tiras, sejam válidos, os testes de picada no dedo de HbA1c da próxima geração são tão sensíveis que poderiam substituir as consultas anuais dos diabéticos para a realização de um exame de sangue completo de HbA1c.

Fonte: Tupam Editores

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS