Síndrome do ombro congelado: como identificar e tratar
Síndrome do ombro congelado é o termo popularmente utilizado para falar sobre capsulite adesiva, uma condição caracterizada por rigidez e dor na articulação do ombro que dá origem a uma grande perda da amplitude dos movimentos. É praticamente um bloqueio articular acompanhado de dores de forte intensidade.
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Os ossos, ligamentos e tendões que compõem a articulação do ombro estão envoltos em uma cápsula de tecido conjuntivo. O ombro congelado ocorre quando esta cápsula engrossa e aperta ao redor da articulação do ombro, restringindo o seu movimento.
A doença divide-se em três fases. Na primeira, chamada de fase inflamatória, a dor começa de forma mais leve e piora com o passar das semanas. A segunda etapa da síndrome é caracterizada pelo congelamento, em que a mobilidade do ombro é reduzida progressivamente. Nesta fase a dor diminui e torna-se menos incómoda do que o enrijecimento. A terceira fase é conhecida como descongelamento, pois a dor diminui muito e a movimentação do ombro retorna gradualmente.
Durante o exame físico do paciente, deve ser avaliada a movimentação dos membros superiores para avaliar a amplitude de movimento, isto porque o ombro congelado afeta a amplitude de movimento ativa e passiva.
Geralmente a condição pode ser diagnosticada apenas pelos sinais e sintomas que o doente apresenta, no entanto, o médico pode sugerir exames de imagem – como raios-X ou ressonância magnética – para descartar outros problemas.
O tratamento do ombro congelado envolve medicação e fisioterapia. O objetivo é o controlo da dor e a preservação da maior amplitude de movimento possível no ombro.
Analgésicos de venda livre, como [url-nolink=aspirina-500-mg-comprimidos/informacao-geral]aspirina[/url] e ibuprofeno, por exemplo, podem ajudar a reduzir a dor e a inflamação associadas à condição, mas em alguns casos podem ser prescritos medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos mais fortes.
Nas sessões de fisioterapia, o fisioterapeuta pode ensinar exercícios de amplitude de movimentos para ajudar a recuperar o máximo de mobilidade possível no ombro. O empenho do doente em fazer estes exercícios é importante para otimizar a recuperação da sua mobilidade.
A maioria dos ombros congelados melhora por si mesmo dentro de 12 a 18 meses, no entanto, há casos mais complicados, em que a doença se mostra mais resistente ao tratamento e que é preciso recorrer à correção cirúrgica. Nesse caso, o procedimento mais recomendado é a artroscopia.
Ainda não se sabe ao certo por que razão o ombro congelado acontece em algumas pessoas, embora seja mais provável ocorrer em pessoas com diabetes ou que recentemente tiveram que imobilizar o ombro durante um período longo, como após uma cirurgia ou uma fratura no braço, ou após um AVC. Portanto, incentivar a movimentação do membro e realizar fisioterapia nestes casos é importante.