SÍNDROME

Descobertos biomarcadores que revelam fatores de risco para SMSL

Investigadores da Universidade da Califórnia, São Francisco (UCSF) estão mais perto de conseguir prever a síndrome de morte súbita do lactente, ou SMSL. Num estudo publicado no JAMA Pediatrics conseguiram identificar sinais no sistema metabólico de bebés que morreram de SMSL.

Descobertos biomarcadores que revelam fatores de risco para SMSL

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Anualmente, cerca de 1.300 bebés menores de 1 ano morrem de SMSL, e os especialistas ainda não têm certezas sobre o que causa essas mortes inesperadas. Sabem apenas que provavelmente existem vários fatores que desempenham um papel, incluindo cuidados pré-natais inadequados, tabagismo e uso de álcool durante a gravidez, racismo estrutural e poluição do ar. Sabe-se ainda que os bebés do sexo masculino têm uma taxa maior de SMSL do que os do sexo feminino.

De acordo com Scott Oltman, epidemiologista da UCSF, a investigação sugere que fatores metabólicos podem desempenhar um papel crucial nesta síndrome. Esses padrões podem ajudar a identificar as crianças em maior risco, potencialmente salvando vidas no futuro.

Investigações anteriores haviam revelado que o sistema metabólico – como o corpo processa e armazena energia – pode desempenhar um papel na SMSL. Tendo isto em mente, os especialistas decidiram examinar o papel do sistema metabólico mais de perto e comparar dados metabólicos recolhidos de bebés como parte de uma triagem neonatal de rotina na Califórnia.

Compararam, então, os dados de bebés que eventualmente morreram de SMSL com bebés semelhantes que sobreviveram. Nos 354 bebés que morreram, a equipa descobriu que havia alguns biomarcadores metabólicos que poderiam estar associados ao aumento do risco. Por exemplo, bebés com níveis mais baixos de C-3 e níveis elevados de C-14OH parecem ter um risco maior de morrer de SMSL.

As descobertas estão em consonância com estudos anteriores que descobriram uma associação entre enzimas de oxidação de ácidos gordos, como essas, e a SMSL. Os especialistas descobriram ainda outros biomarcadores que – quando elevados – pareciam levar a um risco reduzido de SMSL.

Este estudo foi conduzido utilizando registos de bebés que já morreram, mas os autores consideram que o ideal seria estudar bebés que estão vivos atualmente e acompanhá-los à medida que envelhecem.

Segundo Oltman, a investigação representa um passo crítico para integrar marcadores metabólicos com marcadores genéticos potenciais e outros fatores de risco para avaliar melhor o risco de SMSL em bebés. O próximo objetivo da equipa é analisar outros marcadores metabólicos e as suas contrapartes genéticas para ver se conseguem identificar ainda mais fatores que contribuem para a SMSL.

Fonte: Tupam Editores

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