Enxaqueca: hábitos a repensar e alimentos a evitar
Engana-se quem pensa que dor de cabeça e enxaqueca são a mesma coisa. As enxaquecas conseguem ser muito mais dolorosas, intensas e, muitas vezes, incapacitantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a enxaqueca é a 8ª causa a nível mundial de anos vividos com incapacidade, quando consideradas todas as doenças conhecidas no mundo.
Popularmente conhecida por dor de cabeça, a cefaleia é um problema muito frequente e uma das queixas mais comuns nas consultas de clínicos, pediatras ou neurologistas.
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A enxaqueca é um tipo especial de dor de cabeça, com crises que duram desde algumas horas até vários dias. Estas repetem-se com uma cadência que pode ou não ser regular, desde 1 ou 2 vezes por ano, até várias vezes por mês. Geralmente o seu sintoma mais dramático é a dor localizada em regiões específicas da cabeça. Pode provocar vómitos, além de hipersensibilidade à luz, barulhos e cheiros. Quem convive com enxaquecas conhece bem estes sintomas.
Sabe-se que as crises de enxaqueca podem ser desencadeadas e agravadas por diversos fatores, pelo que a adoção de determinadas medidas e a extinção de alguns hábitos contribui decisivamente para melhorar a qualidade de vida dos doentes.
Entre os hábitos a extinguir, ou evitar, salienta-se o tabagismo. A enxaqueca é apenas uma das consequências deste hábito nada saudável, isto porque a nicotina causa alteração da circulação sanguínea e enrijecimento dos vasos, condições que propiciam dores de cabeça intensas.
Tal como o cigarro, a falta de atividades físicas e o consequente aumento de peso propiciam para a cefaleia. Aqui está em jogo a serotonina – exercícios aeróbicos estimulam a produção da hormona. O sedentarismo piora, e muito, os quadros de enxaqueca.
O stress é outro dos principais gatilhos, estando presente em mais de 30% das crises de dor. O desgaste provocado pelo trabalho, em profissões extremamente exigentes e maus ambientes de trabalho está associado a uma frequência maior do transtorno.
É referido frequentemente que a alimentação e alguns alimentos também podem desencadear crises de enxaqueca, apesar de isto só acontecer numa pequena percentagem de pessoas. Ainda assim, deve evitar alimentos como: bebidas alcoólicas (e, entre elas, o vinho tinto); a cafeína em excesso; os produtos curados (bacon, por exemplo); os citrinos (laranjas, limões e tomate); as gorduras; os lacticínios; os condimentos; a comida chinesa; o chocolate; e queijos com um composto chamado tiramina, nomeadamente o camembert, gorgonzola, cheddar envelhecido, suíço e parmesão – esta teoria está ainda a ser investigada.
Além dos pontos referidos, importa relembrar que a genética também contribui para o aparecimento de dores crónicas, por isso, entre outros motivos, é tão importante reconhecer que existe associação entre episódios de dor e certos comportamentos.
