Identificado tratamento para controlar os efeitos da periodontite
Um novo estudo levado a cabo por investigadores do King's College London permitiu identificar o potencial de um tipo de célula, conhecido como telócito, para controlar os efeitos da periodontite.
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A periodontite é uma infeção grave das gengivas que pode levar à perda de dentes e outras complicações graves de saúde. É uma doença degenerativa incurável e contínua que, sem tratamento, pode destruir o osso que sustenta os dentes.
Os macrófagos são células importantes do sistema imunológico que se formam em resposta a uma infeção ou ao acúmulo de células danificadas ou mortas. Os macrófagos que estimulam a inflamação são chamados de macrófagos M1, enquanto aqueles que diminuem a inflamação e estimulam a reparação tecidual são denominados de macrófagos M2.
Os macrófagos são conhecidos por infiltrar o tecido periodontal infetado e são uma parte significativa do processo inflamatório. O equilíbrio entre os macrófagos M1 e M2 é importante para regular as respostas imunes com processos de reparação tecidual.
O estudo, do laboratório Sharpe no Centro de Biologia Craniofacial e Regenerativa, identificou o papel de um tipo de célula incomum, o telócito, na regulação do equilíbrio dos macrófagos M1-M2 na periodontite e mostrou a capacidade natural de mudar os M1 para M2. Isto pode ser uma via para intervenções terapêuticas para limitar a inflamação e a perda óssea na periodontite.
Compreender a regulação da resposta inflamatória é fundamental para entender e tratar a periodontite. O acúmulo de placa na superfície dos dentes invade o tecido periodontal e liberta uma toxina bacteriana lipopolissacarídeo (LPS), que por sua vez causa a polarização dos macrófagos pró-inflamatórios M1.
Ao analisar células individuais no tecido periodontal, o estudo mostrou que os telócitos são ativados na doença para crescer e libertar um fator (HGF) que altera os macrófagos de um estado M1 para M2.
A investigação, publicada na revista eLife, demonstra pela primeira vez que os telócitos aumentam em número na periodontite e que se comunicam com as células imunes para terem um impacto positivo nos efeitos da periodontite via HGF.
A transição resultante dos macrófagos fornece uma possível estratégia para o tratamento da periodontite.
O professor Paul Sharpe, autor correspondente, espera que o estudo possa não apenas levar a uma maior compreensão da doença periodontal, mas também que seja um impulso para que outros investigadores estudem os papéis potenciais desempenhados pelos telócitos noutros tecidos.