Novos biossensores medem a presença de fármacos tóxicos no corpo
Uma equipa de cientistas do CSIRO-QUT Synthetic Biology Alliance e da Universidade de Clarkson, nos Estados Unidos da América, criou novos biossensores que ativam respostas com cores ou elétricas a medicamentos utilizados no tratamento do cancro, artrite, e no transplante de órgãos.
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Os cientistas construíram pequenos biossensores moleculares, proteínas artificiais concebidas para capturar biomarcadores de escolha e produzir respostas e, em dois estudos separados, adaptaram-nos para medir com precisão os medicamentos imunossupressores ciclosporina A, tacrolimus e rapamicina, e metotrexato, um fármaco que requer uma monitorização apertada de maneira a reduzir a toxicidade e a lesão nos órgãos.
A equipa explicou que os biossensores de proteínas estão desligados e apenas o bioquímico visado em fluidos humanos como sangue ou saliva pode ativar um sinal proporcional à quantidade de biomarcador detetado.
A investigação revelou que, quando ativados, os diferentes biossensores de proteínas produzem uma mudança de cor, para leituras baseadas na tonalidade, e uma corrente eletroquímica.
Segundo Kirill Alexandrov, líder da investigação, os biossensores de proteínas têm o potencial de expandir os cuidados aos doentes, permitindo testes sofisticados em equipamento de laboratório mais barato.
Refere ainda que a razão pela qual as novas tecnologias de diagnóstico demoram tanto tempo a surgir no mercado se deve ao elevado número de parâmetros a considerar aquando do desenvolvimento de um dispositivo médico (DM).