Mudanças no estilo de vida eficazes contra hipertensão resistente
Um novo estudo, publicado na revista Circulation, foi o primeiro a avaliar o impacto de alterações no estilo de vida de pessoas com hipertensão resistente ao tratamento.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
HIPERTENSÃO
Vulgarmente conhecida por "tensão alta", a hipertensão arterial (HTA) é uma das doenças com maior prevalência no mundo moderno e o problema de saúde pública mais importante em Portugal. LER MAIS
Os cientistas descobriram que mudanças comportamentais, incluindo a prática regular de exercícios aeróbicos, a adesão à dieta DASH, a redução do consumo de sal e a perda de peso, podem reduzir significativamente a pressão arterial e melhorar a saúde cardiovascular.
A dieta DASH é um plano alimentar rico em frutas, vegetais, laticínios com baixo teor de gordura e pouco sal.
A investigação, que teve uma duração de quatro meses, envolveu 140 adultos com hipertensão resistente, com uma idade média de 63 anos; 48 por cento dos participantes eram mulheres, 31 por cento possuíam diabetes tipo 2 e 21 por cento tinham doença renal crónica.
Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos - 90 participantes receberam aconselhamento dietético semanal e treino físico num ambiente de reabilitação cardiovascular supervisionada intensiva, três vezes por semana.
Os outros 50 participantes receberam uma única sessão informativa e orientações escritas sobre exercícios, perda de peso e metas nutricionais a serem seguidas por conta própria.
Os participantes do programa supervisionado tiveram uma diminuição de cerca de 12 pontos nos níveis de pressão arterial sistólica, em comparação com os sete pontos do outro grupo.
As medidas de pressão arterial recolhidas durante um dia típico revelaram que o grupo no programa de estilo de vida supervisionado teve uma redução de sete pontos nos níveis de pressão arterial sistólica, sendo que, no outro grupo, não foram verificadas quaisquer alterações.
Os participantes do programa supervisionado também tiveram maiores melhorias em outros indicadores-chave da saúde cardiovascular, o que sugere um menor risco de condições cardiovasculares no futuro.