Menstruação precoce associada a maior risco de diabetes tipo2
Um novo estudo publicado na revista Menopause revela que as mulheres que iniciam a menstruação (menarca) numa idade mais precoce apresentam um risco mais elevado de desenvolverem diabetes de tipo 2.
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A diabetes é, atualmente, uma preocupação de saúde à escala global, estimando-se que afete 693 milhões de pessoas mundialmente em 2045. A diabetes de tipo 2 tornou-se uma das doenças mais comuns a nível mundial.
Em 2015, a doença afetava 8,8 por cento da população mundial entre os 20 e os 79 anos de idade, uma percentagem que se calcula ascender aos 10,4 por cento em 2040.
Apesar de já se ter confirmado a contribuição de fatores ambientais e de estilo de vida para o desenvolvimento da doença, têm surgido evidências sobre a contribuição de também alguns fatores fisiológicos.
O estudo de grandes dimensões teve por base o acompanhamento de mais de 15 mil mulheres na pós-menopausa na China e apurou que o índice de massa corporal (IMC) pode mediar a associação entre a menarca precoce e o risco de diabetes de tipo 2.
Os investigadores descobriram que cada ano de atraso na menarca estava correlacionado com um risco seis por cento inferior de diabetes de tipo 2.
Embora este não seja o primeiro estudo a sugerir uma associação entre a menarca e a diabetes, o mesmo oferece evidência adicional sobre o aumento do risco da doença, assim como do facto de o IMC poder mediar parcialmente aquela associação, sendo a proporção desse efeito de 28 por cento.
“Este estudo de mulheres chinesas rurais indica que a média de idade da menarca atrasa-se relativamente aos países ocidentais, aos 16,1 anos e está ligada a um risco inferior de diabetes de tipo 2. O início precoce das menstruações (14 anos) foi associada a diabetes numa altura posterior da vida, provavelmente conduzida pelo IMC adulto”, comentou Stephanie Faubion diretora médica da Sociedade Norte-Americana da Menopausa (NAMS).
“Outros fatores como a nutrição e o IMC na infância poderão também desempenhar um papel nesta associação”, concluiu.