Puberdade precoce pode aumentar risco de enxaqueca em raparigas
Um estudo recente concluiu que as raparigas que atingem a puberdade numa idade mais precoce em relação a outras raparigas da mesma idade poderão correr um maior risco de sofrerem enxaquecas.
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Liderado por Susan Pinney, do Departamento de Saúde Ambiental da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o estudo teve como base o acompanhamento de 761 raparigas adolescentes de três áreas metropolitanas norte-americanas.
No início do estudo, que começou em 2004, as adolescentes tinham entre oito a dez anos de idade. A investigadora e equipa recolheram dados das raparigas durante dez anos.
Os investigadores examinaram as raparigas a cada seis a 12 meses para determinar o início da puberdade. Os sinais de puberdade considerados foram o desenvolvimento das mamas, do pelo púbico e o início da menstruação.
Com cerca de 16 anos, as raparigas responderam a questionários para determinar quais tinham enxaqueca. Foi apurado que a maioria (82 por cento) não tinha enxaqueca, cerca de 11 por cento tinham recebido um relatório de enxaqueca e sete por cento tinham provavelmente enxaqueca.
Análises mais detalhadas dos dados demonstraram que as participantes que tinham enxaqueca tendiam a ter começado o desenvolvimento das mamas ou menarca numa idade mais precoce em relação às que não tinham enxaqueca.
Nas raparigas que tinham enxaqueca, o desenvolvimento das mamas tinha tido início em média cerca de quatro meses mais cedo e menarca cinco meses mais cedo.
Foi ainda observado um aumento na possibilidade de desenvolvimento de enxaquecas por cada ano precoce em que as raparigas tinham iniciado o desenvolvimento das mamas ou a menarca.