QUIMIOTERAPIA

Células estaminais podem restaurar fertilidade após quimioterapia

Estudos acerca do potencial terapêutico de metodologia inovadora que consiste na administração de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical (UC-MSC) têm demonstrado que este tipo de células, através da libertação de fatores de crescimento e outras moléculas, são capazes de promover a sobrevivência de outras células e a regeneração de tecidos danificados.

Células estaminais podem restaurar fertilidade após quimioterapia

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Um estudo recentemente publicado reporta melhorias na função ovárica e na fertilidade em modelo animal de insuficiência ovárica prematura, após tratamento com UC-MSC.

Mais concretamente, nos animais submetidos a quimioterapia que desenvolveram insuficiência ovárica prematura, a administração destas células estaminais melhorou os níveis hormonais e o número de folículos (que levam à libertação de óvulos para fecundação), com consequente aumento da fertilidade.

O estudo mais detalhado dos mecanismos envolvidos revelou que a administração de UC-MSC permite a sobrevivência das células dos ovários, bem como o desenvolvimento dos folículos.

“Em doentes do sexo feminino, um dos problemas que pode surgir após quimioterapia para tratamento do cancro é a alteração da função ovárica, com consequente perda de fertilidade. Os danos causados podem originar insuficiência ovárica prematura e a ausência de ovulação característica desta doença leva a que estas mulheres se debatam com problemas de infertilidade”, lembra Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal.

“Estudos como este são importantes para responder à necessidade de desenvolver novos tratamentos capazes de restaurar a fertilidade nestas mulheres”, acrescenta.

Os resultados obtidos neste estudo estão em condordância com outros anteriormente publicados, o que indica que o tratamento com células estaminais obtidas a partir de tecido do cordão umbilical poderá vir a constituir uma alternativa eficaz no tratamento de insuficiência ovárica prematura.

A realização de ensaios clínicos será determinante para o desenvolvimento deste tratamento inovador.

Fonte: Atrevia (press release)

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