Antes do aparecimento dos medicamentos sintéticos, antes do desenvolvimento industrial, o Homem ia procurar a mãe natureza para tratar as suas maleitas e aliviar o seu sofrimento. Deste modo, a fitoterapia – terapia à base de plantas – poderá ser considerada a forma mais antiga de cura.
Na última década assistiu-se a um aumento do consumo de medicamentos fitoterápicos, especialmente nos Estados Unidos – o mercado norte-americano testemunhou uma subida na ordem dos 3 milhões de doláres por ano, nesta área.
Apesar de não serem fármacos, alguma plantas possuem propriedades medicinais que proporcionam ao seu consumidor um sentimento de bem-estar, podendo até resolver os seus problemas de saúde.
Porém, a fitoterapia dos nossos dias é bem diferente da que era praticada na época dos nossos antepassados. Actualmente, a produção de fitoterápicos é feita com um profundo rigor científico. Os laboratórios farmacêuticos estão a apostar cada vez mais nesta área, desenvolvendo investigações em conjunto com povos indígenas, que há séculos usam os tratamentos herbais, para uma melhor compreensão das propriedades curativas de algumas plantas.
A planta mais reputada entre as fitoterápicas e cujos benefícos são os mais abrangentes é o Aloe Barbadencis (Miller), vulgo aloé vera.
Os aloés são plantas suculentas, carnudas, de folhas lanceoladas – por isso, muitas vezes confundidas com cactos – da família das liliáceas. Existem mais de 250 variedades de aloés, porém, apenas quatro espécies têm propriedades medicinais valiosas. A pérola desta manancial é, segundo os investigadores, o aloé vera.
As referências mais antigas a esta planta remontam ao tempo dos Sumérios (2300 anos a.C.)
No antigo Egipto, o aloé desempenhava um papel central nos tratamentos de beleza, veja-se que no antigo Egipto a beleza e a saúde estavam intrinsecamente associadas.
Também na era de Alexandre, o Grande o aloé foi famoso. Reza a lenda que a ilha de Socotra apenas foi conquistada pelas suas plantações de aloés.
Se naqueles tempos se acreditava em milagres, agora, crê-se na ciência, e esta mostrou-nos que o aloé vera não é uma planta milagrosa, mas uma grande dádiva da mãe natureza: é composto por 75 nutrientes conhecidos, entre eles: 19 aminoácidos, 20 minerais, 12 vitaminas (entre outras a A, B1, B6, B12, C e E), enzimas, glicosidos de antraquinona, resina, polisacarídeos, esteróis e aloína.
Porém, os seus benefícios só poderão ser aproveitados na plenitude quando a planta atinge a idade adulta (4 anos). O muco e a polpa das suas folhas são muito ricos, contendo propriedades anti-inflamatórias e anti-sépticas. O famoso gel de aloé é extraído apenas da polpa.
Apesar do seu importante percurso histórico, a sociedade ocidental só lhe deu a merecida atenção no início dos anos 50, utilizando-o como base para bebidas nutricionais, cremes e produtos OTC. Contudo, a sua reputação rapidamente se espalhou, captando a atenção de investigadores e laboratórios farmacêuticos, ansiosos por descobrir as suas propriedades "mágicas".
Actualmente, o produtos com aloé vera podem ser aplicados topicamente ou tomados oralmente.
Como tópico, o aloé vera é utilizado para tratar várias condições da pele, desde queimaduras, cortes, a picadas de insecto, nódoas negras, irritações, entre outras.
Uma vez que é sugerido em alguns estudos, que esta planta revitaliza a pele, previne as estrias e combate o eczema à volta dos olhos, a sua presença é cada vez mais uma constante na composição de produtos de beleza – desde maquilhagem, loções corporais, protectores solares, a champôs e amaciadores, máscaras faciais, bálsamos tonificantes, entre outros.
A nível interno, a planta é utilizada pelos seus efeitos laxantes ou como contributo para uma alimentação saudável, auxiliando a digestão.
Presentemente, estão a decorrer estudos para provar a sua eficácia clínica no que diz respeito à prevenção e tratamento de úlceras estomacais, hipertensão, insónias, anemia, reumatismo, tuberculose, varizes, osteoporose, entre outras. Uma das mais recentes descobertas sobre o aloé é que este estimula a regeneração celular.
A imagem do aloé nunca esteve tão em destaque, e por isso mesmo, vulnerável a publicidade enganosa, que pode, inclusive, ser prejudicial para a saúde. O grande sucesso do aloé e a sua consequente utilização nos mais variados produtos deve-se a uma cuidada estabilização da planta, realizada sob rigorosas medidas de esterelização sanitária. A ausência deste tipo de cuidados poderá causar várias doenças, provocadas por bactérias nocivas que se encontram na planta.
Deste modo, a indústria do aloé estabeleceu padrões éticos e higiénicos muito elevados para quaisquer negócios que envolvam esta planta.
Através do International Aloe Science Council (IASC), a indústria reiterou a sua decisão de fornecer ao mercado um aloé da mais alta qualidade.
Uma outra organização, fundada em 1989, a ESCOP, tem como objectivo representar as associações fitoterápicas europeias, nomeadamente nas reuniões com as entidades reguladoras de medicamentos. Uma das suas conquistas foi a publicação de 60 monografias sobre o uso das plantas em medicamentos (em Março último a EMEA editou um draft sobre o uso medicinal do Aloe Barbadencis e do Aloe Capensis).
Muitos investigadores acreditam que nos estudos desenvolvidos, um pouco por todo o mundo, ficarão cientificamente provadas muitas das propriedades curativas do aloé vera.
Se as suas convicções estiverem correctas, apesar de aloé significar coisa amargosa, o seu valor medicinal poderá ser uma das coisas mais doces, jamais provadas pela humanidade.
A terapia Reiki tem suas origens no japão do século XIX, mas a sua prática moderna só foi formalizada por um monge budista de nome Mikao Usui no início do século XX.
A vacinação continua a ser o melhor meio de proteção contra o vírus, com uma proteção mais eficaz contra doenças mais graves, embora o seu efeito protetor diminua com o passar do tempo.