Denominado DO-HEALTH, o estudo incluiu 2.157 europeus com 70 anos ou mais que foram analisados quanto aos efeitos do ómega-3, da vitamina D e da prática de exercícios no envelhecimento saudável.

O estudo testou oito combinações diferentes de suplementos e exercícios nos sujeitos. Os participantes consumiram 2.000 unidades internacionais (UI) de vitamina D por dia e/ou tomaram um grama de ómega-3 por dia e/ou participaram de um programa de exercícios de 30 minutos em casa, 3 vezes por semana, ao longo de um período de 3 anos.

Para medir o processo de envelhecimento biológico, os especialistas usaram uma abordagem científica conhecida como “relógios epigenéticos”, que regista modificações químicas da molécula de ADN, conhecidas como metilação, para quantificar a diferença entre o envelhecimento biológico e o cronológico.

As análises das amostras de sangue permitiram descobrir que aqueles que tomaram o ómega-3 (independentemente do sexo, idade ou índice de massa corporal) retardaram o envelhecimento biológico em até quatro meses. E a combinação de ómega-3, vitamina D e de exercícios de força foi ainda mais importante.

Heike Bischoff-Ferrari, uma das investigadoras envolvidas no estudo, revelou que as três intervenções juntas tiveram o maior impacto na redução do risco de cancro e na prevenção da fragilidade ao longo dos três anos. Cada intervenção funciona através de mecanismos diferentes, mas relacionados, e quando combinadas, reforçam-se mutuamente, criando um efeito geral mais forte.

Os especialistas referem, contudo, que o estudo tem uma limitação pois não existe uma medida padronizada de envelhecimento biológico, pelo que se optou pelos testes mais validados disponíveis. Além disso, a amostra de participantes suíços não representa a população global média de adultos com 70 anos ou mais.