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Mastigar pastilha na gravidez previne risco de parto prematuro

Um estudo realizado durante 10 anos descobriu que mastigar habitualmente pastilhas sem açúcar – contendo xilitol – reduziu significativamente o número de partos prematuros, de acordo com a Sociedade de Medicina Materno-Fetal (SMFM) nos Estados Unidos. A má saúde bucal está associada ao aumento do risco de parto prematuro, e o xilitol ajuda a reduzir a inflamação das gengivas.

Mastigar pastilha na gravidez previne risco de parto prematuro

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A investigação teve lugar no Malawi, em África, onde há uma das maiores taxas de parto prematuro do mundo. Ao longo dos 10 anos, mais de 10.000 mulheres receberam formação sobre cuidados com a saúde bucal e outras formas de prevenir o parto prematuro. A metade das mulheres foi pedido que mastigassem pastilhas de xilitol durante 10 minutos, uma ou duas vezes por dia, durante a gravidez.

Os resultados revelaram que as grávidas que mastigavam as pastilhas tinham 12,6% menos probabilidade de dar à luz bebés prematuros em comparação com as mulheres que receberam apenas formação sobre higiene bucal (16,5%). Além disso, em geral, nasceram menos bebés com peso inferior a 2,5 quilos.

A saúde bucal e a saúde geral estão intimamente ligadas. Vários estudos nos Estados Unidos apuraram que a limpeza dos dentes, a remoção da placa bacteriana e do tártaro, melhorou a saúde bucal durante a gravidez, embora isso não tenha sido tão eficaz quanto simplesmente mastigar pastilhas com xilitol.
Segundo o Dr. Blair Wylie, do Centro Médico Beth Israel Deaconess, em Boston, o xilitol pode alterar o microbioma oral e levar a gengivas mais saudáveis, menos inflamação sistémica e, portanto, menos partos prematuros.

Alguns investigadores alertam, contudo, que embora as descobertas não possam ser generalizadas para outros grupos de mulheres, confirmaram a existência de uma associação entre má saúde bucal e parto prematuro.

O próximo passo é realizar estudos semelhantes noutras partes do mundo, para determinar se seria útil em locais onde poderá haver níveis de nascimentos prematuros ligados à saúde bucal, pois teria o potencial de salvar vidas.

Fonte: Tupam Editores

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