GASTROENTEROLOGIA

Descoberta nova bactéria que causa imunodeficiência intestinal

Investigadores da Clínica Cleveland descobriram uma nova bactéria que enfraquece o sistema imunológico no intestino, contribuindo potencialmente para certas doenças inflamatórias e infecciosas neste órgão.

Descoberta nova bactéria que causa imunodeficiência intestinal

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A equipa identificou a bactéria Tomasiella immunophila (T. immunophila), que desempenha um papel fundamental na quebra de um componente imunológico crucial da barreira imunológica protetora multifacetada do intestino.

A identificação desta bactéria é o primeiro passo para o desenvolvimento de novos tratamentos para uma variedade de doenças inflamatórias e infecciosas do intestino. Essas condições, que incluem a doença inflamatória intestinal, doença de Crohn e colite ulcerativa, estão associadas a níveis reduzidos de imunoglobulina A secretora (SIgA), um anticorpo que protege as superfícies mucosas.

No intestino, a SIgA liga-se continuamente aos micróbios, impedindo que alcancem e danifiquem os tecidos do corpo. Em pesquisas anteriores, a equipa descobriu que as bactérias intestinais podem reduzir os níveis de SIgA, o que pode levar ao aumento do risco de infeção e inflamação excessiva.

No novo estudo, publicado na revista Science, os especialistas descobriram que a presença de T. immunophila no intestino aumenta a suscetibilidade a patógenos e atrasa a reparação da barreira protetora do órgão.

A rigorosa investigação dos Drs. Thaddeus Stappenbeck e Qiuhe Lu fornece uma visão fundamental e um mecanismo potencial para o motivo pelo qual algumas pessoas têm níveis baixos ou ausentes de SIgA no intestino, mas mantêm níveis normais de SIgA na corrente sanguínea. Sabe-se que há um número substancial de pacientes com esse defeito e correm risco de infeção e inflamação do intestino.

Esta descoberta é muito importante, pois no intestino a SIgA funciona como um componente crítico de barreira para os trilhões de micróbios que aí vivem. A investigação indica um novo caminho para desenvolver terapêuticas para manipular a SIgA e melhorar a saúde.

A responsabilidade seria de um micróbio intestinal que pode degradar a SIgA. Segundo os investigadores, o estudo poderá levar ao desenvolvimento de alvos terapêuticos importantes para uma variedade de doenças inflamatórias e infecciosas em humanos.

Fonte: Tupam Editores

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