Os cálculos renais correspondem a uma doença na qual ocorre formação de cálculos (pedras) nos rins, que podem causar dor ao passar pelo trato urinário. A incidência desta doença aumentou nos últimos 20 anos, principalmente entre mulheres e adolescentes.

Dieta, excesso de peso, certas condições, suplementos e medicamentos são algumas das muitas causas que podem contribuir para o seu desenvolvimento, no entanto, estudos anteriores demonstraram que as temperaturas elevadas também aumentam o risco de desenvolver os cálculos renais.

Um estudo realizado por investigadores do Hospital Infantil de Filadélfia sugere que nas próximas décadas os cálculos renais irão disparar devido às mudanças climáticas. Para chegar a esta conclusão, a equipa criou um modelo que estima o impacto do calor em futuros casos de cálculos renais na Carolina do Sul.

Os especialistas começaram por determinar a relação entre as temperaturas médias diárias históricas em todo o estado e os casos de cálculos renais na Carolina do Sul entre 1997 e 2014. Esses dados foram depois utilizados para prever o número de cálculos renais relacionados com o calor que ocorrerão até 2089.

Para isso, tiveram em consideração dois cenários possíveis de mudanças climáticas: o primeiro cenário representa um futuro “intermédio”, com mudanças para fontes de energia mais sustentáveis e menos emissões de CO2, e o segundo cenário representa um futuro em que as emissões de gases com efeito de estufa não serão demasiado restringidas.

Os resultados permitiram apurar que no primeiro cenário houve um aumento de 2,3ºC na temperatura média a cada 5 anos de 2010-2014 a 2085-2089. Já o segundo cenário faz uma projeção de um aumento de 3,6º C no mesmo período de tempo.

Segundo Gregory Tasian, autor do estudo, a análise sugere que o aquecimento do planeta provavelmente causará um aumento de pedras nos rins.