NEFROLOGIA

Cada medicamento que toma deixa marca nos seus rins

O que comemos, bebemos e as atividades que realizamos diariamente influenciam, para melhor ou para pior, a saúde dos nossos rins. Apesar de não lhes darmos a importância devida – muito provavelmente porque não são visíveis –, os rins têm um impacto extraordinário na nossa saúde geral pois são “o grande purificador” do organismo.

Cada medicamento que toma deixa marca nos seus rins

DOENÇAS E TRATAMENTOS

O FLAGELO DAS DOENÇAS RENAIS


Eliminam os resíduos acumulados (ureia, ácido úrico, creatinina), produzem algumas hormonas, como a eritropoetina, que estimula a medula óssea a produzir glóbulos vermelhos, além de contribuirem para a regulação da pressão arterial, manter ossos e dentes saudáveis e fortes e manter o equilíbrio hídrico e químico do sangue (água e sais minerais).

Não é um dos órgãos mais “escandalosos”, ou seja, não apresenta sinais claros quando trabalha muito ou lentamente. E quando os sintomas se evidenciam (inchaço muito percetível nos tornozelos e mãos, muito cansaço, dificuldade em respirar...), o rim já pode estar bastante afetado. O pior é que os problemas e doenças podem advir não apenas da pouca atenção e cuidado que lhes damos, mas até dos medicamentos que tomamos, pois cada medicamento que se toma deixa a sua marca nas células renais.

Aliás, alguns medicamentos atingem o seu propósito ao custo de alterar o funcionamento dos rins: ou danificam as suas células ou provocam a acumulação de “cristais” nos seus ductos que obstruem o fluxo da urina.

Até os medicamentos vendidos sem receita médica podem sobrecarregar os rins se tomados em excesso. Estima-se que 20% das lesões que sofrem são causadas pelo abuso de medicamentos e, na maioria dos casos, os danos são irreversíveis.

Se toma regularmente anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) – como, por exemplo, ibuprofeno ou naproxeno – deve ter cuidado porque este tipo de medicamentos afeta o sistema renal ao inibir a produção de prostaglandinas, substâncias responsáveis por manter a homeostase renal. A inibição dessas prostaglandinas pode levar a uma redução do fluxo sanguíneo e desequilíbrio na reabsorção de água e eletrólitos. O mesmo acontece com medicamentos para baixar o colesterol, como as estatinas (atorvastatina, sinvastatina...).

Os antidiabéticos orais, como a metformina e a insulina, também não são inofensivos e podem prejudicar o funcionamento do sistema renal, assim como alguns antiácidos (tão utilizados atualmente), principalmente se forem comprimidos efervescentes.

Algo semelhante acontece com os antibióticos e antivirais: até 60% dos casos de lesão renal aguda em pacientes hospitalizados ficam a dever-se a esses medicamentos. Os antivirais (incluindo o amplamente utilizado aciclovir) também podem danificar as células renais.

Fonte: Tupam Editores

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