As drogas causam alterações físicas nos olhos que vão além dos sinais visíveis habituais, como olhos vermelhos ou tamanho anormal das pupilas, e têm um impacto profundo e duradouro na saúde ocular.

Drogas como a cocaína, por exemplo, podem causar descolamentos de retina, enquanto o LSD e o crack aumentam o risco de retinopatia e de perda de visão. Já a canábis causa olho seco e fotofobia, e os opioides podem causar diminuição do tamanho da pupila, olho seco e risco de infeções oculares graves.

Um estudo levado a cabo pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, permitiu concluir que o uso de cocaína e de anfetaminas está associado a um risco aumentado de desenvolver glaucoma de ângulo aberto – uma doença ocular grave que pode levar à perda de visão se não for adequadamente tratada.

Outra análise liderada pela Universidade de Oklahoma revelou que o uso precoce de substâncias psicoativas, antes dos 21 anos, pode aumentar as hipóteses de deficiência visual ou de perda total da visão.

Estas descobertas realçam a importância de aumentar a conscientização sobre os riscos oculares associados ao consumo de drogas. É fundamental que os profissionais de saúde ocular estejam atentos a essas questões e atualizem constantemente as suas competências. É igualmente essencial ter acesso aos equipamentos de última geração para que os pacientes sejam diagnosticados precocemente e possam receber o tratamento oportuno.

Segundo Gleason, convém ter em mente que prevenir o consumo de drogas, assim como uma abordagem abrangente para resolver este problema, são essenciais para mitigar os efeitos nocivos destas substâncias na saúde geral e visual.