Zona: não subestime o risco e saiba como evitar a infeção
Apesar de poder afetar uma em cada três pessoas adultas ao longo da vida, 86% continuam a subestimar o seu risco – é do Herpes zoster, ou Zona, que falamos. Trata-se de uma infeção aguda causada pela reativação do vírus varicella zoster, o mesmo agente que provoca a varicela.
Na forma latente este vírus está presente na maioria dos adultos, mantendo-se adormecido durante anos, mas pode ser reativado com o avançar da idade, entre outras causas. A nível global estima-se que cerca de 30% dos adultos poderão desenvolver manifestações de herpes zoster, pelo que importa conhecer a doença.
À medida que as pessoas envelhecem o sistema imunitário vai diminuindo a sua competência o que aumenta a probabilidade de reativação do vírus varicela zoster, o que coloca as pessoas com 50 anos ou mais em risco de desenvolverem herpes zoster.
No entanto, a reativação deste vírus pode acontecer a qualquer pessoa e em qualquer idade, desde que esta tenha tido varicela. Ou seja, apesar de ser potenciada por fatores como o aumento da idade, a imunossupressão e a presença de doenças crónicas, a reativação do vírus explica a génese da doença, mesmo em pessoas jovens e saudáveis, tendo um impacto significativo a nível físico, psicológico, pessoal e profissional, sendo importante investir na prevenção.
Prevenir a reativação deste vírus passa por atitudes simples como evitar a exposição solar, precaver situações de stress, dormir bem e manter uma alimentação equilibrada rica em frutas e vegetais.
A exposição solar prolongada, principalmente sem proteção, pode provocar ou intensificar erupções cutâneas, uma vez que os raios UV são nocivos, tornando a pele mais vulnerável e suprimindo as respostas imunitárias do organismo. Já o stress é responsável por fragilizar o sistema imunitário, ao dificultar a ação das células de defesa do organismo (linfócitos), no combate a infeções virais ou bacterianas.
Na dieta, são de evitar os alimentos ricos em açúcar pois aumentam os radicais livres e são responsáveis por processos inflamatórios do organismo, gerando um stress oxidativo que pode favorecer o aparecimento de doenças autoimunes, degenerativas e de zona. As perturbações do sono, incluindo dormir pouco, são outro fator que contribui para aumentar a probabilidade de surgirem manifestações de herpes zoster.
Importa referir ainda que a imunização de adultos é uma importante medida para a prevenção de determinadas doenças infeciosas evitáveis pela vacinação. É o caso do herpes zoster, que pode ser prevenido através da vacinação.
O herpes zoster não é perigoso. A maioria das pessoas que desenvolvem a doença recupera totalmente passadas poucas semanas (mais raramente em alguns meses). Ainda assim, é importante estar atento ao aparecimento de sintomas e sinais cutâneos da doença, tipicamente unilaterais, como formigueiro ou dormência a nível dorsal, cervical ou no tronco, incluindo dor ou ardor, prurido, manchas avermelhadas e pequenas vesículas que contêm um líquido transparente.
A consulta do médico é indispensável para a confirmação do diagnóstico definitivo e para a prescrição terapêutica. Em caso de sintomas, não adie!