SEXUALIDADE

Dor durante a ereção pode ser sintoma de doença de Peyronie

Já ouviu falar da doença de Peyronie? Possivelmente não. Trata-se de uma doença do pénis de causa desconhecida, caracterizada pela formação de uma placa de fibrose (tecido duro) numa ou mais zonas do pénis, provocando deformidade/encurvamento do órgão.

Dor durante a ereção pode ser sintoma de doença de Peyronie

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A hipótese mais consensual é que se deve a pequenos traumatismos recorrentes no pénis (muitas vezes durante o ato sexual), associados a uma cicatrização anómala. Outras hipóteses são acidentes ou intervenções cirúrgicas e ainda predisposição genética. O resultado é placa fibrosa não extensível que causa a deformação.

Dados recentes indicam que a doença atinge mais de 10% dos homens, desde adolescentes a idosos, embora a idade mais frequente de início seja entre os 50 e 60 anos. Contudo, os homens que correm mais risco de desenvolver a doença são aqueles que têm história familiar/genética (vários estudos apontam para a hereditariedade); história de doença de Dupuytren ou doença de Ledderhose, e outros fatores de risco, como diabetes, hipertensão, dislipidemia e tabagismo.

O sintoma predominante é a curvatura peniana, no entanto, também se pode verificar disfunção erétil, dor durante a ereção, existência de placas duras no pénis (geralmente no bordo da curvatura) e evolução progressiva na curvatura peniana, que se pode ir agravando (aumentando a curvatura) ou tornando mais complexa (curvando em diferentes locais do pénis ou em diferentes planos).

Tudo indica que a doença de Peyronie esteja subdiagnosticada pois muitos homens escondem o problema, inclusive do médico – isto por pensarem que se trata de uma doença rara e sem tratamento, o que não é o caso.

Importa referir que a rapidez na procura de ajuda clínica é fundamental para o tratamento. Este depende, antes de mais, da fase da doença, da sua severidade e dos objetivos do doente.

O tratamento não cirúrgico, que deve ser feito na fase inflamatória da doença, tem como objetivo aliviar as queixas e prevenir a progressão da curvatura do pénis. Pode incluir medicamentos orais e tratamentos locais (como por exemplo injeções no local da lesão) ou uma combinação de ambos. Embora também possa ser usado na fase crónica da doença, tem baixa eficácia.

No caso das curvaturas mais severas do pénis, o tratamento mais indicado é a cirurgia, mas esta só está indicada quando a curvatura causa incómodo na penetração. Existem diferentes técnicas cirúrgicas, pelo que a mais adequada depende do grau da curvatura e dos objetivos do doente. O tratamento cirúrgico deve ser realizado na fase crónica da doença.

A falta de tratamento pode afetar não só a vida sexual dos pacientes, como ainda comprometer a sua autoestima e bem-estar. Cuidar da saúde sexual ajuda a fazer com que inúmeras doenças e problemas referentes aos órgãos genitais masculinos sejam prevenidas. Portanto, a melhor forma de prevenção é manter os exames em dia. Em caso de dúvidas consulte um especialista em urologia.

Fonte: Tupam Editores

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