As evidências sugerem que a exaustão do conjunto de folículos ováricos leva à menopausa. Um novo estudo, publicado na revista científica Menopause, sugere que a desvantagem da vizinhança pode afetar a reserva ovárica e o momento da menopausa.

Este não é o primeiro estudo a associar o status socioeconómico à reserva ovárica e a uma idade mais precoce na menopausa. Por exemplo, no Study of Women's Health Across the Nation, o menor nível de escolaridade e a situação de desemprego foram associados ao início precoce da menopausa, independentemente da raça/etnia, tabagismo, uso de contracetivos, estado civil e historial de doença cardíaca.

O que torna único este novo estudo envolvendo mais de 1.000 mulheres saudáveis na pré-menopausa é o seu foco no efeito da desvantagem socioeconómica ao nível do bairro. A investigação analisou, especificamente, a exposição agregada à pobreza do bairro durante o período da idade adulta em relação à reserva ovárica, indexada pelos níveis da hormona anti-Mulleriana (AMH) e pela contagem de folículos antrais.

As conclusões deste estudo, assim como investigações futuras relacionadas, têm implicações importantes para a saúde e o bem-estar geral das mulheres, porque podem apontar para áreas de potencial intervenção.

Segundo a Dra. Stephanie Faubion, da The Menopause Society, o estudo destaca o efeito potencial das adversidades no início da vida, e especificamente da pobreza na vizinhança, na reserva ovárica, o que, por sua vez, tem implicações na altura do início da menopausa e no risco de doenças do envelhecimento.
As descobertas contribuem para a compreensão do efeito adverso do stress psicológico na saúde reprodutiva.