Consumir mais fruta e vegetais ajuda a diminuir tensão arterial
Um estudo realizado por investigadores da Universidade de Colombia, nos Estados Unidos, permitiu concluir que consumir apenas uma porção de frutas e vegetais por dia pode ajudar a reduzir o peso e a pressão arterial.
Alimentar-se nos dias de hoje é, para muitos, sinónimo de consumir produtos enlatados e processados – distribuídos estrategicamente pelas prateleiras dos supermercados para cativar o consumidor.
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A má nutrição é um dos principais fatores de doenças crónicas a nível mundial, incluindo condições cardiometabólicas como a diabetes tipo 2 e as suas consequências cardiovasculares, como insuficiência cardíaca, ataque cardíaco e AVC.
Para o estudo, publicado na revista Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes, os especialistas concentraram-se em pessoas com elevado risco de desenvolver doenças cardiovasculares – que têm maior necessidade de reduzir o peso e a pressão arterial – e às quais foram prescritas frutas e vegetais nos programas de saúde do governo dos EUA, pelo que a sua ingestão poderia ser monitorizada mais de perto.
Participaram na investigação 2.064 adultos com mais de 18 anos, tendo-se verificado que aumentar a ingestão de frutas e vegetais em 0,85 chávenas por dia levou a melhorias clinicamente relevantes no açúcar no sangue, na pressão arterial e no índice de massa corporal (IMC) e reduziu o risco de doenças cardiovasculares.
Segundo o professor Mitchell SV Elkind, em relação à pressão arterial, constatou-se que a pressão arterial sistólica – pressão arterial durante os batimentos cardíacos – diminuiu mais de 8 milímetros de mercúrio (mmHg), para 144,5 mmHg. Já a pressão arterial diastólica – pressão arterial entre os batimentos cardíacos – diminuiu quase 5 mmHg, para 87,5, entre os adultos que tinham pressão alta no momento da inscrição no estudo.
Quanto ao açúcar no sangue, diminuiu de 0,29 a 0,58 pontos percentuais entre adultos com diabetes. O IMC também melhorou significativamente, com uma redução de 0,52kg por m² entre os adultos com obesidade. A ampliação para incluir pessoas com excesso de peso e obesas resultou numa redução do IMC de -0,36 kg por m².
Para Candice A Myers, do Centro de Investigação Biomédica Pennington em Baton Rouge, que não esteve envolvida no estudo, pensar em frutas e vegetais como medicamentos seria ideal para ajudar a prevenir e tratar condições e doenças crónicas, especialmente aquelas que são do tipo dietéticas, que poderiam ser melhoradas com dietas saudáveis consistentes.
