DIAGNÓSTICO

Aprovado primeiro exame sanguíneo para prever pré-eclampsia

Um novo exame sanguíneo aprovado pela FDA pode prever a pré-eclampsia iminente, ajudando as grávidas que correm risco dessa forma grave, e às vezes mortal, de pressão alta. Já disponível na Europa, o teste pode identificar com 96% de precisão as mulheres que, com sintomas às vezes vagos, desenvolverão pré-eclampsia nas duas semanas seguintes.

Aprovado primeiro exame sanguíneo para prever pré-eclampsia

GRAVIDEZ E MATERNIDADE

GRAVIDEZ


Segundo o Dr. Douglas Woelkers, professor de medicina materno-fetal da Universidade da Califórnia, em San Diego, o inovador teste é o primeiro passo para o diagnóstico de pré-eclampsia desde 1900, quando a condição foi definida.

Desenvolvido pela Thermo Fisher Scientific, o teste destina-se a mulheres entre as 23ª e 35ª semanas de gravidez e funciona medindo a proporção de duas proteínas produzidas pela placenta.

Num estudo, cujos resultados foram publicados no NEJM Evidence, os investigadores avaliaram mais de 1.000 grávidas que foram hospitalizadas em 18 centros médicos entre 2019 e 2021 com pressão alta, e descobriram que essas proteínas estavam altamente desequilibradas em mulheres que mais tarde desenvolveram pré-eclampsia grave.

As mulheres que não testem positivo podem receber alta do hospital com segurança, enquanto dois terços daquelas com resultado positivo avançam para pré-eclâmpsia grave. Neste caso poderão ter de dar à luz mais cedo.
Não existe uma terapia que cure ou reverta a pré-eclampsia além do parto, que é mais como um último recurso.

Importa referir que as mulheres negras estão particularmente em risco de pré-eclampsia, com taxas muito mais elevadas do que as mulheres brancas. São também mais propensas a sofrer danos renais, morte e a perder os seus bebés.

A pré-eclampsia afeta, no geral, uma em cada 25 gestações. Normalmente surge no meio da gravidez, mas também pode acontecer após o parto. Os sinais não são muito específicos – muitas mulheres terão edema (inchaço) e dores de cabeça. A condição pode levar à eclâmpsia, com sintomas graves, incluindo convulsões e morte.

Não se sabe quem de entre essas pacientes corre maior risco de resultados realmente adversos. As mulheres com sintomas podem necessitar de repetir o exame de sangue a cada duas semanas.

Fonte: Tupam Editores

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