Um novo estudo levado a cabo por investigadores da Universidade Griffith, na Austrália, monitorizou 212 pacientes em Queensland que fizeram bypass gástrico ou cirurgia de gastrectomia vertical como parte da Iniciativa de Cirurgia Bariátrica de Saúde de Queensland.

Os pacientes foram monitorizados durante um período de 12 meses após a cirurgia e os investigadores analisaram diversos fatores, incluindo os resultados clínicos e os relatados pelos pacientes. Foi possível concluir que, 12 meses após a cirurgia, o peso corporal dos pacientes diminuiu 24% e os níveis de glicose no sangue melhoraram 24%.

Para além destes, registaram-se outros efeitos benéficos sobre comorbidades relacionadas à obesidade, sendo que 37% dos pacientes com pressão alta antes da cirurgia já não apresentavam a condição 12 meses após o procedimento. Em doentes com problemas renais registaram-se igualmente melhoras – 62% das pessoas com função renal prejudicada antes da cirurgia, apresentavam função renal normal após a mesma.

A satisfação geral com o tratamento permaneceu acima de 97,5% durante todo o período de recuperação. Segundo o professor Paul Scuffham, o estudo, publicado na Plos One, confirmou trabalhos anteriores que demonstraram a eficácia da cirurgia bariátrica com financiamento público para tratar a obesidade, DT2 e comorbidades relacionadas.

O especialista realça que a cirurgia melhorou a qualidade de vida dos pacientes e também os seus comportamentos alimentares e, apesar do curto período de acompanhamento, os resultados são um bom presságio para a manutenção futura do peso naqueles com DT2 e com obesidade mórbida.