Um estudo realizado por investigadores da Northwestern Medicine permitiu apurar que doses altas de vitamina D na forma oral reduziram a inflamação da pele e aumentaram a imunoproteção em pacientes com erupções cutâneas induzidas por produtos químicos.
Vinte minutos de sol são suficientes para obter a dose diária de vitamina D. No entanto, num país com sol como Portugal mais de 60 por cento da população tem défice desta vitamina – Porquê?
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Os especialistas, liderados por Kurt Lu, descobriram ainda nos pacientes uma nova assinatura molecular que pode ajudar os médicos a identificar aqueles que têm um risco aumentado de desenvolver reações alérgicas graves a tratamentos, incluindo à quimioterapia tópica.
No ensaio clínico duplo-cego randomizado, foram analisadas amostras de tecido da pele de 28 participantes saudáveis cuja pele interna do braço foi exposta a uma quantidade teste de mostarda nitrogenada tópica, um medicamento aprovado pela FDA com propriedades irritantes químicas, para produzir uma erupção cutânea experimental. Seguidamente, os participantes receberam uma dose elevada de vitamina D oral ou um placebo.
Constatou-se que, no geral, o tecido da pele dos participantes que receberam os suplementos de vitamina D demonstrou menos irritação e inflamação do que o grupo do placebo. Análises multiómicas subsequentes de tecido cutâneo e amostras de sangue do grupo da vitamina D também revelaram supressão da via de sinalização pró-inflamatória da IL-17.
Segundo o investigador, isto estabelece a sinalização da IL-17 como um biomarcador promissor, o que é importante pois as reações graves à quimioterapia tópica e a outros medicamentos podem atrasar ou impedir que os pacientes recebam o tratamento adequado.
Lu conclui que esta assinatura molecular pode ajudar a identificar pacientes em risco de desenvolver uma resposta alérgica grave, o que permitirá que os médicos façam ajustes precoces ao regime de tratamento ou implementem terapias de suporte. Sugere, então, que administrar vitamina D aos pacientes no início do tratamento médico pode suprimir essas reações graves.
Com base em descobertas anteriores, publicadas no JAMA Dermatology, que afirmam que a vitamina D pode ajudar a tratar erupções cutâneas graves causadas pela quimioterapia – também conhecidas como eritema tóxico da quimioterapia –, os especialistas pretendem investigar melhor o potencial anti-inflamatório dos suplementos orais de vitamina D no tratamento de erupções cutâneas causadas por outros tipos de tratamentos e medicamentos.
