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AVC: os fatores de risco que pode controlar e tratar

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) continua a ser a principal causa de morte em Portugal, sendo que, se vivermos tempo suficiente, uma em cada quatro pessoas vai ter um. Vítor Tedim Cruz, presidente da Sociedade Portuguesa do AVC (SPAVC), alerta para a existência de alguns fatores de risco que, ao acumularem-se, aumentam a probabilidade de a pessoa sofrer um AVC a partir dos 55 anos e, em alguns casos, numa idade ainda inferior.

AVC: os fatores de risco que pode controlar e tratar

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Um AVC ocorre quando a circulação sanguínea para determinada zona do cérebro é interrompida, bastando apenas alguns minutos para que ocorra a morte de células cerebrais por não haver o fornecimento de oxigénio através do sangue.

Um dos primeiros passos na prevenção deste problema de saúde passa por conhecer os fatores que podem aumentar o seu risco e, sempre que possível, modificá-los – algo que é especialmente fácil no caso dos que estão associados aos hábitos de vida.
Segundo a Organização Mundial do AVC, 90% dos AVC estão associados a 10 fatores de risco preveníveis, como:

Hipertensão: a pressão arterial alta, ou hipertensão, é a principal causa de AVC e o fator de risco controlável mais significativo. A condição danifica as artérias no corpo, criando condições para que se rompam ou sejam formados coágulos, sendo que mais de metade dos AVC estão associados a hipertensão ou pressão arterial elevada. É, por isso, importante medir a pressão arterial e consultar o médico.

Diabetes: uma em cada cinco pessoas que sofrem um AVC tem diabetes. O AVC e a diabetes partilham muitos fatores de risco, mas a maioria destes podem ser tratados através de mudanças no estilo de vida e/ou medicação.
Siga as indicações do médico assistente para manter a doença sob controlo e monitorize os níveis de açúcar no sangue.

Colesterol elevado: quando os níveis de colesterol no sangue estão muito altos pode formar-se um coágulo sanguíneo o que, por sua vez, pode levar a um AVC. Além disso, baixos níveis de colesterol HDL (o bom) são um fator de risco para AVC. Para manter os seus níveis de colesterol sob controlo meça-os com regularidade, aposte na ingestão de alimentos ricos em fibra e reduza o consumo de gorduras saturadas.

Fibrilhação auricular: a condição caracteriza-se por um batimento cardíaco irregular e muitas vezes muito rápido. Se não for tratada, é um importante fator de risco para AVC, pois aumenta cinco vezes a probabilidade de sofrer um. Os AVC causados pela fibrilhação auricular têm maior probabilidade de ser fatais ou causar deficiências graves, mas são extremamente preveníveis.

Excesso de peso: é outro dos principais fatores de risco para o AVC, estando ligado a quase um quinto dos casos. Ter peso a mais aumenta o risco de AVC em 22%, e a obesidade eleva esse risco 64%. Este fator aumenta o risco de pressão arterial elevada, doenças cardíacas, colesterol alto e diabetes tipo 2, que, consequentemente, contribuem para um maior risco de AVC. Manter um peso saudável ajudará a reduzir este risco.

Fumar: o risco de ter um AVC aumenta substancialmente em fumadores, uma vez que uma pessoa que fuma 20 cigarros por dia está seis vezes mais suscetível a ter um AVC. Deixar de fumar reduz o risco de ter um AVC, mas também de outras doenças.

Abuso de álcool: quem bebe bebidas alcoólicas de forma exagerada apresenta um risco três vezes mais elevado de vir a sofrer um AVC, independentemente da sua idade. Globalmente, o consumo excessivo de álcool está relacionado com mais de um milhão de AVC todos os anos.

Alimentação desequilibrada: a alimentação incorreta está ligada a mais de metade dos AVC. Boas escolhas alimentares ajudam a manter um peso saudável, reduzir a pressão arterial e diminuir o colesterol, todos fatores de risco para o AVC. A dieta mediterrânica, com uma forte aposta em alimentos de origem vegetal e pequenas porções de carne e peixe, tem benefícios para a saúde e prevenção do AVC.

Baixa atividade física: um milhão de AVC por ano estão relacionados com a inatividade física e o sedentarismo. Apenas 30 minutos de qualquer atividade que aumente a frequência cardíaca, 5 vezes por semana, pode reduzir o risco de AVC em 25%.

Stress e depressão: cerca de um em cada seis AVC estão relacionados com a saúde mental. A depressão e o stress estão associados a um risco quase duas vezes maior de AVC, principalmente em adultos de meia-idade e idosos. Obter o apoio e o tratamento necessários para os distúrbios psicológicos pode ajudar a melhorar a qualidade de vida e a reduzir o risco de AVC.

Fonte: Tupam Editores

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