ANTIOXIDANTES

Flavonoides associados a um declínio mais lento da memória

Os flavonoides, antioxidantes naturais, são nutrientes que ajudam a desacelerar o envelhecimento precoce da pele e mantêm a estrutura saudável das células que compõem os tecidos. São também conhecidos por combater infeções de variados tipos devido às ações antimicrobianas que a substância apresenta, e por prevenirem doenças cardiovasculares.

Flavonoides associados a um declínio mais lento da memória

DIETA E NUTRIÇÃO

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Um estudo recentemente publicado na revista Neurology permitiu apurar que as pessoas que comem ou bebem alimentos com flavonoides, presentes em algumas frutas e vegetais, assim como no chá e no vinho, têm um declínio, ao longo dos anos, muito mais lento na memória.

Na investigação foram analisadas 961 pessoas, com uma média de 81 anos de idade e sem demência. Todos responderam, anualmente, a um questionário sobre os seus hábitos alimentares especificando alguns alimentos. Completaram ainda testes cognitivos e de memória, no mesmo período de tempo, mas também responderam a outros fatores socioeconómicos. Todos foram acompanhados durante uma média de sete anos.

Os participantes foram divididos em cinco grupos, com base na quantidade de flavonoides que incluíam na sua dieta. No geral, registaram uma ingestão dietética média de 10 miligramas (mg) de flavonoides, por dia. O grupo mais baixo ingeriu cerca de 5 mg por dia, já o grupo mais alto consumiu uma média de 15 mg por dia.

A fim de determinar as taxas de declínio cognitivo, os cientistas usaram uma pontuação geral de cognição global que englobava 19 testes cognitivos. A pontuação média variou de 0,5 para pessoas sem problemas de raciocínio, 0,2 para pessoas com comprometimento cognitivo leve, e -0,5 para pessoas com doença de Alzheimer.

Depois de ter em conta outros fatores que poderiam afetar a taxa de declínio da memória, como idade, sexo e tabagismo, os especialistas descobriram que a pontuação cognitiva das pessoas que ingeriam mais flavonoides diminuía a uma taxa de 0,4 unidades por década mais lentamente do que as pessoas que tinham ingerido quantidades inferiores.

Segundo Thomas M. Holland, do Centro Médico da Universidade Rush, em Chicago, isto provavelmente deve-se às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias inerentes dos flavonoides.
O estudo mostra uma associação entre a ingestão de maiores quantidades de flavonoides na dieta e um declínio cognitivo mais lento, mas não prova que os flavonoides causam diretamente uma taxa mais lenta de declínio cognitivo, referiu o autor.

Outras limitações do estudo são o facto de o questionário de frequência alimentar, embora válido, ter sido relatado, logo as pessoas podem não se lembrar com precisão do que ingeriram.

Fonte: Tupam Editores

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