HIPERTENSÃO

Cientistas avançam no tratamento da hipertensão arterial pulmonar

Nos últimos 15 a 20 anos os tratamentos da hipertensão arterial pulmonar (HAP) – um tipo de pressão alta que afeta as artérias dos pulmões e do coração – melhoraram significativamente e os cientistas da Universidade de Cincinnati (UC) estão na vanguarda dessas melhorias.

Cientistas avançam no tratamento da hipertensão arterial pulmonar

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A hipertensão arterial pulmonar é uma doença vascular grave e limitante da vida e, inicialmente, a única terapia para a condição era uma infusão intravenosa contínua.
O resultado de uma série de estudos dos quais os cientistas da UC fizeram parte permitiu que novos medicamentos chegassem ao mercado para os pacientes com a doença.

Jean Elwing, da Faculdade de Medicina da UC, refere que desde 2007 havia vários estudos nos quais o programa de hipertensão pulmonar da UC estava ativamente envolvido para avaliar uma forma oral de prostaciclina – uma substância que inibe a ativação plaquetária e que também é um vasodilatador eficaz que abre ou dilata os vasos sanguíneos. Esses estudos permitiram que o medicamento fosse aprovado pela FDA para os pacientes com HAP.

Um dos pacientes com quem Elwing trabalha desenvolveu HAP no fim de 2004 e início de 2005. Aquando do diagnóstico os sintomas da doença eram muito graves, e a opção de tratamento mais eficaz na altura para a gravidade da hipertensão pulmonar que o doente enfrentava era a terapia intravenosa contínua. Posteriormente o tratamento foi alterado para medicação subcutânea pois na época era um sistema de distribuição melhor para o doente.

A especialista refere que um dos primeiros estudos de que a sua equipa fez parte denominava-se Freedom M, e este estudo examinou a prostaciclina como monoterapia, ou o uso de um único medicamento para tratar uma doença ou condição. O estudo subsequente, Freedom C, examinou a prostaciclina em combinação com outras terapias para a HAP.
Mais tarde, os cientistas participaram do estudo Freedom EV, uma investigação de longo prazo que analisou a mudança na progressão da doença em pacientes a tomar a prostaciclina.

Para Elwing são vários os fatores que contribuem para a sua paixão pela investigação da HAP. Uma delas é a ciência e a fisiologia da doença, que descreve como complexa e delicada e muito desafiadora de gerir. Depois o facto de se ter estudado uma doença que na década de 1990 era uma sentença de morte e que se tornou uma condição com a qual hoje se pode viver, e por fim os doentes com HAP.
A especialista revela que foi extremamente fascinante trabalhar e fazer parte do desenvolvimento dos medicamentos que tornaram isso possível.

Fonte: Tupam Editores

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