Alergias alimentares: conheça as dicas para conviver com elas
A alergia alimentar é uma problemática crescente que afeta crianças e adultos. Ocorre quando o sistema imunológico reage a um alimento ingerido. As reações podem variar entre urticária leve a dor abdominal a anafilaxia grave, que pode incluir comichão e inchaço da boca, aperto na garganta, chiado no peito e queda repentina da pressão arterial. A anafilaxia pode ser fatal, se não for tratada prontamente com epinefrina.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
EM CASO DE ALERGIA NÃO COMA QUEIJO
Um fenómeno frequentemente descurado, mas que merece uma atenção especial, é a interacção alimento – medicamento. Apesar da sua relevância, as informações existentes ainda são escassas. LER MAIS
A anafilaxia, que passou a ser de notificação obrigatória em Portugal em 2012, é ainda mal diagnosticada e sub-tratada entre nós pondo em risco 0,5 a 1,5% da população Portuguesa (até 150.000 Portugueses) sendo que, abaixo dos 18 anos, os alimentos são a sua principal causa. Os oito principais alérgenos alimentares são leite, ovos, peixe, marisco, nozes, amendoim, trigo e soja.
Ainda não existe cura ou tratamento específico para quadros de intolerância e alergias alimentares, no entanto, existem diversas estratégias que podem garantir a saúde e o bem-estar dos pacientes.
Para começo de conversa, é importante que o paciente tenha sempre consigo um kit de socorro e um “cartão informativo” com orientações de como usá-lo e dados básicos: o nome do alimento ao qual é alérgico; os principais sintomas que podem ocorrer; pessoas a serem contactadas numa emergência; nome do médico, etc.
Deve dar instruções claras sobre a sua alergia a familiares, amigos, colegas de trabalho, professores e outras pessoas com quem convive, e esclarecer todas as dúvidas que surgirem.
Após a manipulação de alimentos, pequenas partículas podem ficar nas superfícies, nos utensílios e equipamentos, no local onde são armazenados. Esses traços podem contaminar os alimentos livres de alérgenos destinados ao membro da família que tem alergia – é o que se chama de contaminação cruzada.
Para evitar esse risco deve separar os utensílios que serão usados só pela pessoa alérgica; higienizar muito bem equipamentos usados na sua preparação utilizando água quente e sabão; antes, durante e após o preparo dos alimentos, lave bem as mãos. Higienize também a bancada utilizada na preparação.
Deve ler sempre os rótulos. Os fabricantes são obrigados a alertar para a presença de alérgenos no rótulo dos principais alimentos que podem causar alergias alimentares. A terminologia usada em alguns rótulos pode ser complicada. Se houver um ingrediente, uma frase ou outra coisa no rótulo que não entenda completamente, não descanse até esclarecer a sua dúvida.
As padarias e as pastelarias não costumam colocar rótulos padronizados nos seus produtos, especialmente para alertar sobre o risco de contaminação cruzada, assim, é melhor evitar esse tipo de produtos.
As refeições que o próprio paciente prepara ou que são feitas por pessoas da sua confiança são sempre as opções mais seguras. Cultive mais o prazer de cozinhar em casa, procure novos ingredientes para substituir os que são proibidos, e faça dessa atividade um momento de convívio com a família e os amigos.