Apesar de ainda não serem conhecidas as suas causas exactas, pensa-se que se encontrem relacionadas com factores genéticos (familiares), geográficos (ocorrem mais em zonas interiores, afastadas do mar), dietéticos (consumo insuficiente ou excessivo de iodo, através do sal de cozinha), entre outros.
São mais frequentes nas mulheres (80%) a partir dos 35 anos, mas os homens também podem sofrer desta disfunção, e os sintomas até são semelhantes. Assim, os homens também devem estar atentos a sintomas como cansaço, apatia, sonolência ou insónias, alterações de humor, oscilações de peso e queda de cabelo. Além disso, o aparecimento de um nódulo no pescoço também não deve ser ignorado.

Diminuição da líbido, disfunção eréctil, atraso na ejaculação e alterações dos espermatozóides são alguns dos problemas associados a estas patologias, que podem ser responsáveis pela infertilidade masculina.

Segundo Inês Sapinho, Médica Endocrinologista e Membro do Conselho Consultivo / Científico da Associação das Doenças da Tiróide (ADTI), os homens ainda não estão tão familiarizados com estas doenças e, sobretudo, com o impacto que estas podem ter na sua qualidade de vida.

É essencial que em caso de disfunção da tiróide seja realizada uma vigilância regular no médico especialista em endocrinologia para monitorização e, se necessário, proceder atempadamente à sua correcção terapêutica.

A Associação pretende sensibilizar a população para este tema e fomentar a educação para a saúde, através da disponibilização de informação clara e concisa sobre as doenças da tiróide e as suas manifestações, que ajudem os homens a estarem atentos aos sinais de alarme e a recorrerem ao médico de forma precoce.