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Pneumonia: “não baixe a guarda, nem mesmo no verão”

Segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2019, a pneumonia matou 4700 pessoas em Portugal. Uma média diária de 13 mortes que coloca a pneumonia no topo das doenças respiratórias que mais matam em Portugal. Mesmo nos meses mais quentes, o número de mortes é elevado.

Pneumonia: “não baixe a guarda, nem mesmo no verão”

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A Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) assiste com preocupação à redução dos atos de imunização contra esta e outras doenças graves e potencialmente fatais, relembrando a eficácia e a segurança das vacinas. Para a FPP, este não é o momento de baixarmos a guarda – a vacinação continua a ser a melhor forma de prevenção.

A vacinação é considerada o maior avanço da medicina moderna e uma das formas mais seguras, mais eficazes e menos dispendiosas de prevenir doenças infeciosas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), evita quatro mortes por minuto, o equivalente a 5 760 mortes por dia em todo o mundo, e previne doenças tão distintas como difteria, sarampo, poliomielite, rotavírus, pneumonia, diarreia, rubéola ou tétano.

“O ano que passou mostrou-nos a importância de prevenirmos o que já nos é possível, e de protegermos com particular atenção os que se encontram mais vulneráveis”, sublinha José Alves, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão.
“Para estas pessoas, doenças como a Pneumonia continuam a representar um risco acrescido de morte, de sequelas ou de uma recuperação muito complicada”, acrescenta.

O contexto atual mostra-nos que devemos apostar na prevenção da Pneumonia e de outras doenças passíveis de vacinação. Ao recorrermos à imunização, estamos a reduzir a carga da doença e a contribuir para o aumento da esperança média de vida: para além de reforçarmos o sistema imunitário e a saúde individual, estamos a beneficiar saúde pública e a contribuir para a redução do número de internamentos e de mortes.

A procura da vacinação caiu nos últimos meses, um fenómeno a que a FPP tem assistido com bastante preocupação, sobretudo agora que entramos nos meses mais quentes.

“Mesmo perante os apelos à imunização, estas doenças continuam a matar todos os dias. Há casos ao longo de todo o ano, mesmo no verão, período em que tendemos a preocuparmo-nos menos. Nada mais errado. A maioria dos casos pode ser evitada, seja em que altura do ano for. No caso da Pneumonia, basta uma única dose. Para quê adiar, sobretudo quando sabemos que a administração da vacina antipneumocócica não tem qualquer incompatibilidade com a vacina contra a COVID-19? Estas vacinas podem ser feitas em paralelo, bastando para isso fazer um intervalo de duas semanas entre elas, de acordo com as orientações da Direção-Geral da Saúde para as várias vacinas contra a COVID-19”, conclui José Alves.

A pneumonia não é um exclusivo do tempo frio. Tal como nos anos anteriores, em 2019 registaram-se casos ao longo de todo o ano: mesmo em meses quentes como julho e agosto, morreram mais de 500 pessoas por Pneumonia no nosso País. Uma média de oito mortes por dia, só nestas oito semanas. No total dos 365 dias do ano, a pneumonia matou 4 700 pessoas, o que eleva a média diária para 13.

“Não podemos, por isso, baixar a guarda, mesmo com a subida das temperaturas. Devemos preveni-la sempre, com particular atenção aos grupos de risco. Crianças e maiores de 65 anos, a par de adultos com doenças crónicas como diabetes, asma, DPOC e outras doenças respiratórias crónicas, doença cardíaca, doença hepática crónica, doentes oncológicos, portadores de VIH e doentes renais, entre outros”, alerta a FPP.
A vacina antipneumocócica é recomendada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e já está em PNV para as crianças e para os grupos considerados de maior risco, mas a sua eficácia está comprovada em todas as faixas etárias.

Fonte: FPP

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