Níveis elevados de hemoglobina não beneficiam bebés prematuros
Um artigo publicado no New England Journal of Medicine descreve que investigadores dos Estados Unidos verificaram que utilizar um nível mais elevado de hemoglobina não beneficia bebés prematuros em termos de sobrevivência ou redução da deficiência neurológica.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
DOENÇA CELÍACA
Não existem cura ou medicamentos. Dieta rigorosa e suplementos são uma realidade para toda a vida. Comer fora de casa é um desafio. Como viver com a doença celíaca? LER MAIS
Os bebés de muito baixo peso à nascença correm um risco elevado de anemia e necessitam frequentemente de transfusões de sangue para sobreviver, sendo que alguns médicos usam um nível mais elevado e outros usam um nível mais baixo de glóbulos vermelhos ao pedirem uma transfusão.
Os bebés muito prematuros (nascidos antes das 29 semanas de gravidez) e os que pesam menos de 1000 gramas estão em alto risco de anemia devido à sua fase inicial de desenvolvimento, capacidade reduzida de produção de glóbulos vermelhos, e necessidade de amostras de sangue como parte dos seus cuidados médicos intensivos.
Estudos anteriores sugerem que os bebés anémicos que receberam transfusões com taxas elevadas de hemoglobina teriam um risco mais baixo de morte ou problemas de desenvolvimento.
De acordo com os autores do estudo, os limiares de transfusão de hemoglobina para bebés prematuros variam de acordo com o peso, fase de maturação e outros fatores.
Os dados apurados neste estudo mostraram que de 845 bebés que receberam transfusões com níveis elevados de hemoglobina, 50,1 por cento morreram ou sobreviveram com uma deficiência de desenvolvimento neurológico, em comparação com 49,8 por cento de 847 bebés que receberam transfusões com níveis mais baixos.
Os bebés foram novamente avaliados aos dois anos de idade e os cientistas concluíram que um nível mais elevado de hemoglobina aumentou o número de transfusões, mas não melhorou as hipóteses de sobrevivência sem deficiência de desenvolvimento neurológico.